O Dia

‘Acho bobagem essa vida de ostentação’

Diferentem­ente da Alzira de ‘Tempo de Amar’, Deborah Evelyn jamais manteria a pose de rica se estivesse em situação difícil

- BÁRBARA SARYNE DIÁRIO DE S.PAULO/AGÊNCIA O DIA

Quem vê Deborah Evelyn na vida real nem imagina que a atriz é quem interpreta a Alzira, de ‘Tempo de Amar’. Mãe de Luiza Carvalho, de 24 anos, a global não gosta de ostentar e diz que jamais manteria a pose de rica se estivesse passando por dificuldad­es financeira­s, como é o caso de sua personagem na novela das 18h.

“Eu acho bobagem essa vida de ostentação. Nós já vivemos com muito mais do que precisamos, e isso não traz nada de bom”, afirma ela, que não abre mão de viajar, passar tempo com a família e ler um livro.

Aos 51 anos, a atriz reconhece que essa visão de vida tem a ver com maturidade. E aproveita para dar um recado à dondoca que interpreta. “Eu diria para a Alzira e para quem pensa como ela que existem coisas mais importante­s na vida. Olha a sua filha, o seu marido. Vai à luta, vai fazer alguma coisa especial para você”, aconselha.

Na trama de Alcides Nogueira, a personagem de Deborah encontrou uma saída após o marido Bernardo (Nelson Freitas) perder tudo nos jogos: além de vender os vestidos de luxo, a madame passou a contar com uma comissão do empregado Pepito (Maicon Rodrigues), que se mostrou um bom comerciant­e ao vender geleias nas ruas.

Feminista, Deborah garante que, se estivesse no lugar da personagem, não pensaria duas vezes e arregaçari­a as mangas para sair da situação difícil. “Não está fácil para ninguém e nós não vamos ficar paradas ou nos matar. A vida está aí para isso, e eu acho que as mulheres têm capacidade criativa para fazer as coisas. É por isso que chegam aonde querem, apesar de dificuldad­es e desigualda­des do mercado de trabalho”, avalia.

Deborah conta que está numa fase mais tranquila. O último trabalho da atriz antes de ‘Tempo de Amar’ foi em ‘A Regra do Jogo’ (2015), e o tempo fora do ar caiu como uma luva. “Quando era mais jovem, emendava uma coisa na outra, porque tinha mais energia, sentia necessidad­e. Depois, isso mudou. Sinto que preciso estudar entre um trabalho e outro, me alimentar para que o próximo personagem venha sem ruídos do anterior”, diz a atriz, que pintou o cabelo especialme­nte para a novela das 18h.

É difícil falar com a artista sem tocar no nome de Luiza, sua filha. Orgulho de Deborah, a moça se formou em engenharia na Alemanha, arrumou um bom emprego por lá e fez a mãe acreditar que não voltaria mais para o Brasil. “Ela sentiu saudade. Não é fácil viver neste país, mas estou feliz com ela aqui.”

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CESAR ALVES/TV GLOBO Deborah Evelyn, a Alzira: “Não está fácil para ninguém”, avalia

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