Alertas contra machismo, violência e preconceito
As atrações do ‘Alma da Baixada’ também tocaram em temas sensíveis aos espectadores: todos moradores do local. Nas apresentações do grupo de rappers Poetas Compulsivos, de Morro Agudo, e da GW Cia de Performance, de Mesquita, o público se identificou com a crítica social.
“Gostei do que ela disse contra o machismo e o preconceito racial”, disse Rayssa Rodrigues, de 15 anos, referindo-se ao show da MC Lisa Castro, do Poetas Compulsivos.
O grupo distribuiu poemas à plateia com uma numeração. Quem era sorteado ganhava livros. Rayssa levou um para casa. E guardou na bolsa todos os versos entregues a ela e suas amigas, que moram na Chatuba, em Mesquita.
As apresentações também fizeram Elizabeth Lima, de 21 anos, refletir. Ao sair do espetáculo da GW Cia de Performance, ela se disse representada. A companhia de street dance apresentou coreografias para músicas que denunciam a violência, como ‘O meu guri’, de Chico Buarque, e ‘Minha alma’, do Rappa. “Todas falam sobre problemas da periferia. É o que vejo onde eu moro. Ao mesmo tempo, a mensagem que passaram é positiva, pois sempre é possível vencer se escolhermos o caminho do bem”, disse Elizabeth, de Nova Campinas, em Duque de Caxias.
Exposições de fotos e esculturas, contação de histórias e peças de teatro também foram atrações. O grupo Pimenta do Reino encerrou o evento com show de forró.