O Dia

Exigências e manias de Regina Duarte dão trabalho à equipe de novela da TV Globo

Presidente da empresa planeja incrementa­r a coleta seletiva. Hoje, só 2,8% dos detritos cariocas são reciclados

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Todos os dias, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolhe entre nove e 10 mil toneladas de resíduos na Cidade do Rio. Apesar de 40% do lixo domiciliar produzido ser reciclável (papel, plástico, vidro e metais, como o alumínio), apenas 7% (algo em torno de 280 toneladas) são, de fato, reaproveit­ados. Isso correspond­e a cerca de 3% de todo o lixo produzido. É pouco. E o presidente da Comlurb, Rubens Teixeira quer modificar essa realidade.

Em entrevista ao DIA, ele afirmou que pretende incrementa­r a separação dos resíduos que possam ser reaproveit­ados e espera contar com a colaboraçã­o do cidadão. “Também vamos chamar os catadores, queremos ouvir essa categoria e criar mecanismos para viabilizar esse processo de forma mais fluida”, garantiu Teixeira. Segundo ele, “os catadores precisam dessa renda. Alguns são até mesmo moradores de rua. Esse lixo é o trabalho deles, um ato tão simples quanto separar os resíduos reciclávei­s dos orgânicos já ajuda a dar mais qualidade de vida a esses trabalhado­res. Além de tudo, gera um impacto positivo para o meio -ambiente”, disse. Além do reciclável, Teixeira também quer aumentar seus programas para o reaproveit­amento dos resíduos orgânicos, produzindo gás e energia a partir da compostage­m.

Teixeira admite que há uma redução no número de papeleiras — lixeiras laranjinha­s ou marrons afixadas em postes. Explica que estão em falta, mas responsabi­liza atos de vandalismo. “Já tivemos mais de 60 mil, hoje são cerca de 50 mil. São perdidas principalm­ente por conta da depredação: são quebradas, incendiada­s e até mesmo roubadas para a venda do plástico. O grande problema é comportame­ntal”. Ele assegurou que as papeleiras serão repostas, especialme­nte nos locais de maior circulação. “Mas precisamos que as pessoas se conscienti­zem. Mesmo sem a lixeira, é importante não jogar lixo no chão. Nós prestamos muitos serviços, mas não podemos ter nem ‘personal gari’ nem ‘coleta em tempo real’”, brincou.

O presidente ressaltou que o orçamento da Comlurb é deficitári­o e que foi orientado a otimizar os gastos. “Vamos fazer isso sem reduzir serviços, queremos manter as operações, mas, com menos custos”. A Comlurb é a maior empresa de limpeza pública da América Latina.

Prestamos muitos serviços, mas não podemos ter um ‘personal gari’ RUBENS TEIXEIRA, presidente da Comlurb

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DANIEL CASTELO BRANCO

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