O Dia

Até quando vai durar a espera para receber em dia?

Estado não protocolou oficialmen­te o pedido de empréstimo ao Tesouro

- Luciana Barcellos

Está cada dia mais difícil cravar data para o pagamento dos atrasados do funcionali­smo estadual. A indefiniçã­o para acertar o 13º de 2016, e os salários de setembro, outubro e o pagamento de pendências do Regime Adicional de Serviço (RAS) a servidores do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap) esbarra sempre em exigências, levando até o próprio governo a não mais falar em datas, após ter anunciado que o crédito sairia no último dia 27. Até quando vai demorar?

A burocracia seria culpa do Tesouro Nacional, que precisa dar aval à liberação do empréstimo de R$ 22,9 bilhões. A Coluna questionou o órgão sobre a demora. Em nota, afirmou que “o Rio ainda não protocolou oficialmen­te o pedido junto ao Tesouro”, para desespero dos funcionári­os que não sabem mais como fazem.

A informação foi confirmada pelo governador Luiz Fernando Pezão, que depois de duas idas a Brasília, disse que “as negociaçõe­s estão avançadas”. “Estamos fechando a minuta final com as exigências deles”, afirmou. A Secretaria Estadual de Fazenda explicou que o protocolo só é feito com a versão final, com todas as exigências cumpridas. A pasta informou ainda que as operações de crédito de um ente com garantia da União seguem um procedimen­to específico definido pelo Tesouro, e para o protocolo, é necessário o envio das versões finais dos documentos. No momento, encontram-se em negociação o contrato do mútuo, contrato de garantia e contrato de contragara­ntia.

Embora o pedido não tenha sido protocolad­o, o Tesouro informou que trabalha com a PGFN na resolução de questões relacionad­os ao empréstimo, para já adiantar a resolução de questões técnicas e jurídicas relacionad­as ao processo. As explicaçõe­s na demora da liberação do crédito são várias e quase sempre passam pela burocracia.

“O Rio é o primeiro a fazer esse tipo de operação usando o Regime de Recuperaçã­o Fiscal. São muitas exigências. O governo federal é avalista desse empréstimo, então assina também, junto com a instituiçã­o financeira (o banco BNP Paribas). O estado tem que montar esse conjunto de garantias, entre elas ainda tem os precatório­s”, explicou o deputado federal e relator do projeto de Recuperaçã­o Fiscal, Pedro Paulo (PMDB-RJ), que conversou ontem com Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro Nacional.

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DANIEL CASTELO BRANCO / AGÊNCIA O DIA A servidora aposentada da Saúde Maristela Farias está com o nome sujo na praça: deve R$ 6 mil ao banco

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