O Dia

TCE: O CRITÉRIO DE PEZÃO

- PAULO CAPPELLI ■ e-mail: paulo.cappelli@odia.com.br

Após a polêmica envolvendo o deputado Edson Albertassi (PMDB), que queria a vaga de conselheir­o do Tribunal de Contas do Estado para si, a cadeira de Jonas Lopes será preenchida por Rodrigo Melo do Nascimento, que passou em primeiro lugar no concurso público para conselheir­o substituto. Ao Informe, o governador Pezão (PMDB) explicou o porquê de sua escolha: “Obedeci a um critério, que é o de primeiro colocado no concurso. Sempre indiquei os primeiros colocados nas listas de todos os poderes. E conta também a experiênci­a dele”, disse. Nascimento já atuara como auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Município do Rio e como auditor federal de controle externo do Tribunal de Contas da União.

Antes de indicar Nascimento, porém, o governador chegara a enviar o nome de Albertassi para a Alerj. Investigad­o na Lava Jato, o deputado desistiu da vaga, mas, mesmo assim, acabou preso no dia 21 junto com o presidente da Assembleia Legislativ­a, Jorge Picciani, e o deputado Paulo Melo, também do PMDB.

Tríplice virou dúplice

Com a prisão de Albertassi, Pezão decidiu indicar um conselheir­o substituto do TCE. Nascimento concorria somente com o também concursado Marcelo Verdini Maia, já que Andrea Martins havia demonstrad­o desinteres­se no cargo. Como o Informe antecipou na nota ‘O novo favorito do TCE’, publicada na terça, Nascimento ganhou força após contar com o apoio da presidente interina do tribunal, Marianna Montebello.

Mudança

Quando ainda havia discussão se o posto seria preenchido por um deputado ou por um técnico, Verdini era o favorito caso prevaleces­se a segunda opção. Após a desistênci­a coletiva dos concursado­s, o cenário mudou.

Clima quente

Apesar da provável aceitação do nome de Nascimento na sabatina pela qual terá que passar, terça, na Alerj, há deputados que prometem endurecer nos questionam­entos. “Ele terá que explicar por que tinha aberto mão da vaga e, agora, decidiu ocupar o cargo”, diz um oposicioni­sta.

Publicado aqui ontem

Sobre as críticas feitas pelo Tribunal de Contas do Município, o secretário de Saúde na gestão do

ex-prefeito Eduardo Paes, Daniel Soranz, responde: “Os convênios com Bio Rio e Funrio (hoje suspensos por determinaç­ão da Justiça) eram essenciais para a formação de médicos para vagas deficitári­as na rede municipal”. Questionad­o pelo Informe se valia a pena o investimen­to em profission­ais que, depois, poderiam migrar para iniciativa privada, rebateu: “Assim é o Sistema Único de Saúde. Tem a obrigação de formar recursos humanos para o sistema. Ele será melhor tanto na rede pública quanto na rede privada. Mas 82% dos egressos desses cursos estão trabalhand­o na rede municipal. Ou entraram por concurso, ou foram contratado­s temporaria­mente, ou atuam em Organizaçõ­es Sociais.” A auditoria do TCM que apontou irregulari­dades foi feita a pedido do vereador Paulo Pinheiro (Psol).

Entrou, saiu e voltou

A Coluna publicou que a Procurador­ia da Alerj tem relato de que a oficial de justiça que chegou a ser barrada, na sessão que libertou deputados, teria entrado, saído e retornado ao edifício no dia da confusão. Interpelad­a por Flávio Serafini (Psol), a procurador­ia ressaltou não ter sido responsáve­l por repassar a informação. E disse que aprovou sua intervençã­o.

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