O Dia

Veja os tipos de crédito com juros mais baixos

Para quem quer resolver as dívidas, O DIA compara e mostra onde conseguir dinheiro com taxas mais baratas.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Ofim do ano já chegou e as contas estão no vermelho? Com 2018 às portas, muitos consumidor­es buscam alternativ­as de crédito mais barato para entrar o ano no azul. Há ainda quem precise de um dinheiro extra para complement­ar as despesas com Natal e Ano Novo. E qual a saída?

De acordo com o economista da Fundação D. Cabral e do Ibmec, Gilberto Braga, o ideal é usar o 13º salário para cobrir esse buraco e planejar as despesas. Mas, caso o consumidor não consiga, o crédito consignado, aquele com desconto direto no contracheq­ue, e o penhor da Caixa Econômica Federal são as modalidade­s mais em conta do mercado. No consignado para aposentado­s e pensionist­as do INSS, por exemplo, a taxa mais baixa é de 1,91% ao mês no banco Santander. O teto para esse tipo de operação é de

2,08% ao mês. Para quem é servidor público as taxas variam de 1,66% ao mês no Santander, a 1,94% na Caixa. Já o penhor da própria Caixa tem juros de 2,1% ao mês.

Estreante no mercado, o aplicativo desenvolvi­do por uma fintech, startup tecnológic­a do setor financeiro, o Social Bank (veja ao lado), oferece empréstimo sem a intermedia­ção de bancos e em um “touch”. No Social Bank, por exemplo, o juro máximo é de 2% ao mês.

Outras opções, orienta Gilberto Braga, são as linhas de crédito para pessoas físicas, nelas as taxas variam de 4,37% ao mês (Banco do Brasil) a 5,62% ao mês (Bradesco). Em último caso, existe a possibilid­ade de usar o limite do cheque especial, que vai de 12,45% ao mês (Banco do Brasil) a 14,75% ao mês (Santander). Ou, acrescenta, pode usar o rotativo do cartão de crédito que vai de 10,26% (BB) a 16,29% (Bradesco) ao mês.

“O ideal é fugir de cheque especial ou cartão de crédito, eles têm taxas muito altas e isso compromete a renda e o orçamento do consumidor”, orienta Alexandre Prado, do Núcleo Expansão.

Se não tiver jeito, Gilberto Braga, do Ibmec dá a seguinte dica para quem tem cheque especial: “Utilize os dias sem juros que alguns bancos dão”. “O penhor é a melhor solução de crédito por ter uma taxa mais acessível e o cliente não precisa passar por análise de cadastro”, avalia Alexandre Prado.

Para não entrar em roubada é importante consultar os juros cobrados pelas instituiçõ­es antes de pedir dinheiro emprestado. No site do Banco Central (https://goo. gl/fz4r8C) podem ser encontrada­s todas as instituiçõ­es financeira­s e todas as operações de crédito com seus respectivo­s juros. Para aposentado­s e pensionist­as do INSS a alternativ­a seria visualizar a tabela na página da Previdênci­a (www.previdenci­a.gov.br), mas, passados quase quatro meses da queda dos juros, os números não foram atualizado­s.

Outra dica do professor da Fundação D. Cabral é planejar as despesas de final de ano por um período que vai até o Carnaval. “Além do 13º, em dezembro as pessoas recebem o dinheiro das férias porque muitos tiram o gozo desse período no verão e isso faz com que o orçamento da família tenha que ser planejado até o Carnaval, e isso inclui os festejos de Natal, Réveillon, férias escolares e as despesas de início de ano”, orienta.

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Aplicativo que pode ser baixado no smartphone ou tablet tem como ajudar quem precisa de dinheiro a conseguir empréstimo­s a juros baixos sem recorrer a bancos. Chamado Social Bank, ele foi criado para ser uma espécie de “Uber do dinheiro”.Com versões para Android e iPhone, o aplicativo (app) permite abrir uma conta em poucos minutos. O cadastro envolve informaçõe­s como CPF, RG ou CNH (foto exigida), fotografia (tirada durante o cadastro) e nome da mãe. Como recurso de segurança, a qualquer momento, o app pode pedir uma nova foto do seu rosto para garantir sua identidade. A função de empréstimo é encontrada na seção chamada Social Cash do aplicativo. Onde o cliente pode pegar até R$ 10 mil e pagar em até 12 vezes, com taxas que variam de zero a 2% ao mês. Apesar do nome, o aplicativo não é um banco propriamen­te dito e registrado no Banco Central, mesmo oferecendo algumas funções financeira­s. A ideia da empresa é justamente atender à população ‘desbancari­zada’. “Não queremos ser um banco, queremos ser o Social Bank. Não temos o intuito de ser um banco. O banco, para mim, é a rádio-táxi. O Uber é o novo modelo”, disse Rodrigo Borges, executivo do Social Bank. A iniciativa permite que o cliente tenha uma conta digital e movimentá-la normalment­e por meio de depósitos e saques. Mas como tirar o dinheiro? Essa conta oferece um cartão nacional de bandeira MasterCard, sem anuidade (com custo de produção de R$ 9,90) e que só funciona na função crédito, embora o valor seja debitado da conta imediatame­nte. Quem não quiser ter o cartão físico pode usar o cartão virtual, mostrado no aplicativo, para fazer transações via internet. As transferên­cias entre contas Social Bank são isentas de taxas. Para fazer enviar a outros bancos, a taxa de DOC e TED é de R$ 4,90 (clientes Itaú são isentos dessas tarifas). O aplicativo também facilita a criação de contas conjuntas com pessoas que não sejam da sua família. De maneira parecida com o WhatsApp, ele permite associar sua conta com a de outro usuário. As fintechs têm operado no limite de legislação e, por isso, o Banco Central busca novas formas de viabilizar e regular essas empresas que tentam mudar o segmento financeiro por meio da tecnologia. Uma consulta pública foi convocada para avaliação da regulação de empréstimo­s entre pessoas. A ideia é oferecer maior segurança jurídica ao segmento.

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