O Dia

Advogados a serviço do PCC, diz juiz

Segundo denúncia, sete condenados prestavam assistênci­a a familiares e a detentos

- > Presidente Venceslau, São Paulo

Sete advogados acusados de envolvimen­to com o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados com penas de 5 a 11 anos de reclusão por integrar uma rede que atuava em favor da organizaçã­o criminosa no Estado de São Paulo. Na decisão, publicada ontem, o juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, argumenta que ficou caracteriz­ado o envolvimen­to dos réus com a facção. Os suspeitos podem recorrer.

Segundo a denúncia, os advogados prestavam assistênci­a a familiares e a detentos. No dia 22 de novembro, outros sete advogados já haviam sido condenados pelo magistrado com penas que variavam de oito a 17 anos de prisão. Há um mês, o mesmo juiz também condenou seis advogadas por envolvimen­to com a organizaçã­o criminosa.

A denúncia decorreu de investigaç­ões que ficaram conhecidas como Operação Ethos. “O que se tem no caso em julgamento, longe está de ser uma relação entre cliente e advogado, e sim uma relação entre advogados e organizaçã­o criminosa, ficando aqueles à disposição desta. (...) Mostra-se notório que não possui a facção origem lícita de recursos e não se mostra crível aceitar a tese de que os réus, no presente caso, não sabiam desta fonte promíscua de recursos financeiro­s da organizaçã­o por eles integrada”, escreveu o magistrado.

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REPRODUÇÃO Marcola chefia a facção criminosa

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