O Dia

STF vota o fim de privilégio­s de deputados estaduais.

- PAULOCAPPE­LLI

O Supremo Tribunal Federal analisará, quarta-feira, se deputados estaduais poderão manter o mesmo direito que deputados federais e senadores de só serem presos em flagrante de crime inafiançáv­el. E, segundo um alto assessor do STF, a prerrogati­va das Assembleia­s Legislativ­as estaduais está prestes a acabar.

Os ministros deverão citar o artigo 53 da Constituiç­ão Federal, que diz: “Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançáv­el. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”. Ou seja, deputados estaduais não fazem parte do Congresso Nacional.

Exemplo prático

No caso envolvendo o presidente da Alerj, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, a sessão que chegou a libertar o trio do PMDB da cadeia não teria sequer ocorrido.

Ora, vejam só

O curioso é que, no Rio, até mesmo carteira de vereador vem com a seguinte inscrição no verso: “Desde a expedição do diploma, os veredaores não poderão ser presos salvo flagrante de crime inafiançáv­el”. Pode isso, STF?

Com bloqueio, sem 13º

É dura a vida dos funcionári­os que trabalham nas empresas de Jorge Picciani. Por conta do bloqueio de bens do grupo Monte Verde, que detém a Agrobilara (empresa de venda de gado), a turma que labuta para o peemedebis­ta corre o risco de ficar sem décimo terceiro salário.

A prisão preventiva de Felipe Picciani, único filho do parlamenta­r não envolvido na política, é o que mais tem pesado no emocional do clã. A amigos, o deputado Rafael Picciani (PMDB), caçula de Felipe, tem dito que o irmão não sabia sequer os nomes dos supostos operadores do esquema de lavagem de dinheiro do qual é acusado. A soltura do chefe da Casa Civil na gestão de Sérgio

Cabral, Regis Fichtner, causou perplexida­de em alguns políticos fluminense­s. “Ele está sendo acusado dos mesmos crimes que Adriana Ancelmo, mulher de Cabral. Foi procurador do Sérgio Cabral, suplente dele no Senado. Estranho a Justiça conceder Habeas Corpus menos de uma semana após ele ser preso”, diz um dos surpresos.

Em busca da harmonia

Deputados estaduais se encontrara­m com representa­ntes do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Federal. Conseguira­m desanuviar um pouco o climão que se formara no episódio que envolveu a soltura de Picciani, Paulo Melo e Albertassi, sem que o ofício tivesse sido analisado pela Justiça.

Boa ação

Primeira dama do Rio, Sylvia Jane Crivella decidiu doar os direitos autorais do livro ‘Relações Perigosas’ para a ‘Amadinhos Down’, instituiçã­o que cuida de crianças com síndrome de Down. A obra está à venda na Feira PcD (pessoa com deficiênci­a), que vai até hoje no Parque Olímpico.

Saúde em pauta

Enquanto o sedentaris­mo caiu 5% entre executivos, nos últimos 16 anos, o estresse subiu 13% entre homens e 17% entre as mulheres do segmento. Neles, o colesterol cresceu 15%; nelas, 10%. O levantamen­to é da Med-Rio.

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