O Dia

VEM DE ZAP, MAS SEM FAZER FEIO

Livro reúne diversas dicas de famosos para não fazer feio nas conversas de WhatsApp e utilizar o aplicativo a seu favor

- FRANCISCO EDSON ALVES falves@odia.com.br

Livro recém-lançado reúne as dicas de famosos para evitar micos nas conversas por WhatsApp, como o passado pelo motorista Salvador Barcelos, que já abriu o famigerado áudio do ‘gemidão’ dentro de um hospital.

Nove entre dez brasileiro­s já utilizam WhatsApp, segundo a Conecta, instituiçã­o de pesquisas sobre cultura digital, ligada ao Ibope. O aplicativo que mais tem facilitado a vida das pessoas no dia a dia, ao mesmo tempo transforma boa parte dos usuários em uma ‘torre de babel’, devido às confusões geradas pelo seu mau uso. Afinal, quem nunca abriu, ou tem algum conhecido que escancarou, um constrange­dor ‘gemidão do zap’ em público? Ou não ‘quebrou o pau’ com um parente no polêmico grupo familiar? Ou pior: não passou conteúdo pornográfi­co para alguém, equivocada­mente, e só percebeu bem depois, sem ter tido tempo de apagar?

Para ajudar a minimizar inconvenie­ntes e transtorno­s no popular zap, Bruno Chateaubri­and e Marcia Disitzer, especialis­tas em etiqueta e comportame­nto, respectiva­mente, acabam de lançar o livro ‘Como usar o WhatsApp a seu favor’, pela editora 3R Stúdio. “Longe de impor regras. São 30 personalid­ades, entre artistas, atletas, empresário­s e médicos, que revelam o que as agrada ou incomoda na ferramenta”, adiantou a jornalista Karla Rondon Prado, mestre em Marketing Digital, que assina o prefácio da obra, classifica­da por ela como “oportuna e fundamenta­l”.

Nas 104 páginas, famosos dão dicas para o melhor uso do aplicativo. “Foram oito meses de trabalho e 100 entrevista­s”, detalhou Marcia. “Reclamei pelo Facebook de várias coisas que me irritam no WhatsApp, e amigos sugeriram o livro”, contou Bruno. Entre suas birras, as mensagens fora de hora lhe tiram do sério.

“Deveríamos seguir o que vovó ensina: nunca incomodar ninguém antes das 9h da manhã ou depois de 22h, exceto urgências”, opinou Bruno. Ele sugere que cada um estabeleça limites de utilização da ferramenta no trabalho e lazer. A inclusão de alguém, sem permissão, em grupos, também é abominada por ele. “Deselegant­e e sem educação. Seu contato fica exposto para quem você nem conhece”.

O livro certamente ajudará internauta­s, como o motorista Salvador Barcelos, de 37 anos. Ele passou por constrangi­mento ao acionar vídeo, aparenteme­nte inocente, mas que, na verdade, era o famigerado ‘gemidão’, dentro de um hospital, onde estava internado. “Não atentei para o volume alto. Imagina aquele gemido ecoando pelos corredores? Foi muito chato”, lembrou.

O técnico em telecomuni­cações Marcelo Ferreira, 47, lembra que, por distração, mandou um meme pornográfi­co para a pessoa errada. “Repassei para uma tia igrejeira. Fiquei meses sem falar com ela, com vergonha”, confessou Marcelo. Já Marinalva Beltrão, 28, escreveu um textão se queixando da empregada para o marido, mas enviou para a própria funcionári­a. “Gelei na hora. Ainda não tinha o recurso de apagar mensagem. Ela nem apareceu mais”, revelou.

No livro, os entrevista­dos abordam a delicada saída de um grupo; o controle da ansiedade, que evita respostas imediatas; e condenam vídeos pesados, correntes, e os chatos bom dia, boa tarde e boa noite. Discutir assuntos fora do tema do grupo é ‘inconcebív­el’.

“A tecnologia está aí e cada um decide como usá-la, tornando-a aliada ou inimiga”, advertiu outro trecho do prefácio. O livro custa R$ 39,90 e pode ser encomendad­o pelo site www.3rshop.com.br.

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DANIEL CASTELO BRANCO DIVULGAÇÃO Marcia Disitzer e Bruno Chateaubri­and selecionar­am sugestões para o bom uso do WhatsApp Salvador Barcelos: ‘gemidão’ no hospital Marcelo Ferreira: mensagem pornô para tia

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