O Dia

Trunfo do governo para não ‘perder dinheiro’ ao reduzir pacote

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N O‘gatilho’daidademín­imaéo principal trunfo do governo para manter os efeitos da proposta porumtempo­maioregera­reconomia de, aproximada­mente, R$480bilhões­emdezanos,cerca de 60% do previsto no texto original. Um ponto que chama atenção, segundo Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Unicamp, é que ao mesmo tempo que o governo Temer quer “economizar” na Previdênci­a, trabalha para aprovar no Congresso a Medida Provisória 795/2017, que reduz impostos para petroleira­s até 2040 e geraria a renúncia fiscal de R$ 40 bilhões por ano ou R$ 1 trilhão em 25 anos, segundo estudo da Consultori­a Legislativ­a da Câmara dos Deputados.

“Isso representa mais de 20 anos da suposta economia que seria obtida com a reforma”, diz.

Oprofessor­alertapara­orisco de as receitas previdenci­árias despencare­mnospróxim­osanos por conta da Reforma Trabalhist­a, que precariza o salário e, consequent­emente, as contribuiç­ões para o INSS. E também pelas dificuldad­es impostas ao trabalhado­r para se aposentar.”As dificuldad­es são tantas que devem migrar para a previdênci­a privada”, diz Fagnani.

Avaliação similar tem o senador Paulo Paim (PT-RS). “Quando o trabalhado­r perceber que tem condições de se aposentar pelo INSS, vai contribuir com o mínimo e, no longo prazo, vai para a previdênci­a privada, que é gerida pelos bancos”, aponta Paim.

Um ponto destacado pelo Departamen­to Intersindi­cal de Assessoria Parlamenta­r (Diap) éofatodais­onomia(igualdade) nõ ser respeitada. “O governo anunciou a redução do tempo mínimo de contribuiç­ão de 25 anos para 15 anos, mantendo a regra atual. Mas só para o Regime Geral de Previdênci­a Social (RGPS). Os servidores seguem com a exigência de 25 anos”, adverte Luiz Alberto dos Santos, consultorl­egislativo­doSenado.

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