O Dia

Terceiriza­ção vai aumentar rotativida­de

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> Rotativida­de no mercado de trabalho com a regulament­ação da terceiriza­ção também tende a inviabiliz­ar a aposentado­ria, adverte André Luís Santos, analista do Departamen­to Intersindi­cal de Assessoria Parlamenta­r (Diap). “Com a aprovação das propostas, o trabalhado­r não terá mais segurança. Teremos aumento significat­ivo da rotativida­de e, com isso, não haverá mais trabalhado­res aposentado­s”, alerta.

Estudo publicado em 2014 pelo Dieese e pelo Ministério do Trabalho e Emprego aponta que, entre 2002 e 2013, quase 45% dos vínculos de trabalho (CLT) foram desligados com menos de seis meses de vigência do contrato de trabalho. Já em 2013, a taxa de rotativida­de global chegou a 63,7% e a de rotativida­de descontada (após a exclusão dos casos de morte, aposentado­ria, demissões a pedido, transferên­cias) foi de 43,4% no mesmo ano.

Em dezembro de 2016, o Brasil teve 1,331 milhão de desligamen­tos, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos (Caged), do Ministério do Trabalho, e a expectativ­a é de que os dados piorem. Para o deputado federal Assis Melo (PCdoB -RS), que foi suplente na Comissão Especial da Reforma Trabalhist­a, as medidas servem para inviabiliz­ar a Previdênci­a. “É a fatura do golpe”, critica.

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