Fumaça do mal
▪ Segundo dados do Ibope, o Brasil é líder mundial em venda de cigarros piratas e contrabandeados, com 48% de todo o mercado dominado por marcas ilegais. Dos 510 mil pontos que comercializam cigarros, 108 mil só vendem produtos ilegais (21%).
Gerais deve mais de R$ 6,2 milhões ao programa Rede Aceito, no qual a administração desconta valores do contra-cheque dos servidores que compram medicamentos a baixo custo em drogarias credenciadas.
OSistema Nacional de Emprego (Sine) do Rio de Janeiro chega ao fim de 2017 renovado e com boas notícias para comemorar. Mesmo num contexto de crise econômica brutal assolando o estado, e desemprego conjuntural na casa dos 13 milhões, a Secretaria Estadual de Trabalho e Renda (Setrab) deu início a um processo de modernização do programa que permitiu o crescimento de 13% no número de trabalhadores que voltaram ao mercado entre janeiro e outubro, comparado ao mesmo período de 2016.
Esse índice chegou a 49% nos primeiros seis meses do ano, com um pico de 75% entre março e maio. Tudo graças à melhora do serviço de intermediação de mão de obra, um dos muitos oferecidos pelos postos do Sine, administrados pela Setrab, que aproxima as ofertas de quem está procurando trabalho, ampliando o aproveitamento das chances. Assim, entre janeiro e outubro deste ano, a Setrab conseguiu efetivamente recolocar no mercado de trabalho 4.538 pessoas, contra 4.012 em 2016.
Em menos de um ano remanejamos postos para endereços mais próximos do trabalhador, em instalações que ofe- recem conforto, segurança e acessibilidade. Isso foi possível graças a parcerias com shoppings e prefeituras, que oferecem a estrutura, enquanto a secretaria arca apenas com luz e IPTU. A economia chegou a R$ 50 mil por agência, por ano.
A expansão da rede e o novo perfil das unidades trouxeram um novo público para o Sine: hoje nove delas se localizam em shoppings — Campo Grande, Recreio, Jacarepaguá, Irajá, São Gonçalo, Sulacap, Santa Cruz, Alcântara e Guadalupe — e duas em municípios da Região Metropolitana — Queimados e Seropédica. Em breve será reinaugurada a 12ª agência, em Barra do Piraí.
A modernização dos postos do Sine, no entanto, foi apenas uma das medidas tomadas diante do cenário que encontramos em janeiro. Com recursos contingenciados, a solução foi, além de contar com a criatividade, arregaçar as mangas.
A prestação de contas de um convênio do Sine com o governo federal que se en- contrava paralisado trouxe novos recursos para o caixa da Setrab. As parcerias com as prefeituras que viabilizaram os novos postos do Sine forneceram funcionários e aporte logístico, com capacitação de servidores. Convênios com empresas e ONGs também proporcionaram novos cursos de qualificação.
A busca de um desempenho melhor se deu ainda por meio de ações proativas, como a transformação da Casa do Trabalhador em incubadora de empresas de economia solidária. A nova unidade, na Ilha do Governador, oferece dez cursos a cerca de 200 pessoas. A matriz, em Manguinhos, completou este ano quatro anos com 50 mil atendimentos.
Outra preocupação da Setrab é a inclusão no mercado da pessoa com deficiência (PcD). Em setembro realizamos o Circuito D, programa que reuniu mais de 60 empresas e dois mil trabalhadores. Também está em tramitação o projeto que cria a Casa de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que permitirá a consolidação de uma política afirmativa de inclusão produtiva, com atendimento específico e qualificado.
Paraalémdenossamissão,esperamos que já no próximo ano se consolide a retomada de crescimento, com geração de novos postos de trabalho. Um novo cenário que, aliado ao novo perfil de gestão com atuação proativa e custos reduzidos, certamente trará dias melhores para o trabalhador fluminense.