Maquiar o problema não é a solução adequada
N Flávio Figueiredo complementa que a ‘automedicação’ pode maquiar os problemas, mas não elimina as suas origens. “Muitas vezes, as patologias são até agravadas ou continuam a se desenvolver de forma oculta e, de um momento para o outro, se manifestam com intensidades tão relevantes a ponto de levar a construção à ruína”, afirma.
Outro ponto importante é que as manifestações patológicas não ocultadas funcionam como indicadores das reais condições de segurança, além de fornecerem pistas para o diagnóstico de sua origem. “Para resolver pequenos problemas, as pessoas acreditam que não precisam de orientação de especialistas. São razões culturais, da mesma forma que acontece com a automedicação. A pessoa está com uma dor na perna e logo vai à farmácia para comprar anti-inflamatórios, sem saber os riscos que corre com aquele remédio sem a indicação de um médico”, salienta Figueiredo.
As edificações também são vítimas do uso de vitaminas e anabolizantes não prescritos. “De um simples benjamim, para ampliar a quantidade de tomadas em um ambiente, à colocação de caixas d’água adicionais, ou até a criação de pavimentos extras sem quaisquer projetos e análises, as construções são submetidas a muitas intervenções que podem equivaler a doses letais de suplementos hormonais”, explica o engenheiro.