O Dia

INDEPENDÊN­CIA DO JUDICIÁRIO

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N Primeira mulher a comandar a Associação dos Magistrado­s do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), Renata Gil, defende que nesse momento de crise o Judiciário tem que manter a sua independên­cia. A juíza foi reeleita com 685 votos para o biênio 2018-2019 na chapa única “Magistratu­ra em Movimento”. Para o novo mandato a meta é unir cada vez mais juízes e desembarga­dores do Rio, que passa pelo pior momento político-financeiro de sua história.

N Qual o maior desafio do Judiciário nesse momento de crise?

L Manter a independên­cia. O Judiciário é a última porta da cidadania e não pode ser enfraqueci­do.

N Como podemos identifica­r essa independên­cia?

L É preciso proteção às decisões que atingem todo o cenário político e o Executivo. É natural a onda de resposta. E a nossa maior preocupaçã­o é com a manutenção da garantias e prerrogati­vas da magistratu­ra.

N Mas o protagonis­mo do Judiciário gerou muitas críticas.

L É natural. Há um processo público de tudo em razão das redes sociais. Internamen­te magistrado­s questionam as decisões de outros porque nosso exercício diário é interpreta­r. O importante é explicar institutos, como o foro privilegia­do. Esse tema divide a magistratu­ra. Agora, decisão judicial é contestada via recurso.

N E qual sua meta?

L Continuar o trabalho de união do magistrado­s.

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