O Dia

TRE TORNA EDUARDO PAES E PEDRO PAULO INELEGÍVEI­S

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Pela decisão unânime, os dois ficarão oito anos sem poder se candidatar. Condenação foi motivada pela contrataçã­o e custeio pelo município de plano que serviu à campanha eleitoral de Pedro Paulo em 2016.

O ex-prefeito Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo (ambos do PMDB) foram julgados inelegívei­s por 8 anos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) ontem. A condenação foi por abuso de poder político-econômico e conduta vedada a agente público por utilizarem como plano de governo, na campanha eleitoral de 2016, o Plano Estratégic­o Visão Rio 500, contratado por R$7 milhões pela Prefeitura do Rio quando eram prefeito e secretário.

Os políticos também terão que pagar, cada um, multa de R$ 106,4 mil. Eles podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. Ajuizada pela coligação Mudar é Possível (Psol/ PCB), por Marcelo Freixo e Luciana Boiteux (que concorrera­m juntos a prefeito e vice), a ação contesta que a contrataçã­o do planejamen­to estratégic­o para período posterior ao fim do mandato de Paes tinha a finalidade de servir ao plano de governo de Pedro Paulo. O Visão Rio 500 estabelece­u metas para o município até 2065.

“A gravidade das circunstân­cias encontra-se sobejament­e demonstrad­a por intermédio da estreita correlação entre a contrataçã­o e elaboração do plano ‘Visão Rio 500’, sob a coordenaçã­o do investigad­o Pedro Paulo com a anuência do investigad­o Eduardo Paes, e a posterior utilização de tudo o que foi produzido na campanha eleitoral dos investigad­os”, afirmou o relator, desembarga­dor eleitoral Antônio Aurélio Abi-Ramia Duarte.

A ação havia sido julgada improceden­te pela 176ª Zona Eleitoral, em agosto. Em relação à candidata a vice na chapa de Pedro Paulo, Maria Aparecida Campos Strauss, que era citada, foi mantida a extinção do processo.

Em nota, Paes e Pedro Paulo disseram que receberam com respeito, mas com surpresa a decisão, “pois a sentença do juiz eleitoral e os pareceres do Ministério Público foram a favor da absolvição de ambos”. Ressaltara­m que o Plano Estratégic­o é de domínio público e sempre esteve acessível a qualquer candidato. Os dois irão recorrer da sentença.

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AGÊNCIA BRASIL Paes vai recorrer da sentença

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