O Dia

COMEÇA EM 2018

- SÉRGIO MALTA e-mail: sergiomalt­a2011@gmail.com

▪ Começaremo­s 2018 com mudanças nas tarifas de energia elétrica. Com a cobrança da tarifa branca será possível gastar até 20% menos ao mês. Até agora, os consumidor­es pagavam o mesmo valor pela energia em todos os horários do dia. Em janeiro haverá diferencia­ção por horário.

Serão três faixas de preço, um mais baixo, um intermediá­rio e um mais alto. No horário de pico, a tarifa será a mais cara nas três horas em que há mais sobrecarga que, no Rio, acontece entre 17h30 e 20h30. O consumo sobe porque as pessoas voltam do trabalho e ligam a maior parte dos aparelhos, como chuveiro e ar condiciona­do. Para desestimul­ar o consumo no intervalo, o preço subirá.

Em seguida, virá tarifa intermediá­ria aplicada ao horário que precede o pico e o posterior. Em todos os demais horários, a energia será mais barata. Nos fins de semana, não haverá diferencia­ção.

Antes de migrar para a tarifa branca, o consumidor deve avaliar se consegue mudar hábitos e reduzir o consumo no pico. Do contrário, o melhor é não alterar o regime de tarifa porque correrá risco de até pagar mais. No horário de pico, o custo da energia será 87% maior no Rio.

É importante lembrar que, para ter acesso à nova tarifa, é preciso pedir a migração à distribuid­ora. E não precisa sair correndo porque, além de não ser obrigatóri­a, no início apenas aqueles com consumo alto, acima de 500 kWh por mês, poderão solicitar, além dos novos clientes. As outras migrações só a partir do ano que vem e em 2020.

Em média, uma família brasileira consome cerca de 150 kWh mensais. Então, a maioria vai ter tempo para analisar se vale a pena aderir à tarifa branca. Mas todos devem tentar consumir menos no pico porque, além de reduzir a própria conta, aliviarão o estresse no sistema elétrico e a pressão por mais aumentos na conta. Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan.

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