É chegado um novo tempo
Ao se aproximar o fim do ano, todos devemos uma palavra de gratidão a Deus. Afinal, ultrapassamos 2017 com seus dias, semanas, meses de um labor infindável.
Aqui, a crise transformou nossa cidade em uma Baía de Guanabara de frustrações estraçalhada pelo desemprego — 350 mil vagas com carteira assinada desapareceram na crise — com uma violência anômica, que assolou nossas ruas e mais de cem policiais e 700 infratores tombaram mortos num combate diário, sangrento, inútil e aterrorizante.
Em nenhuma outra cidade tivemos tantos líderes políticos e empresários delatados, processados, presos e condenados ocupando páginas de jornais, destaque em todos os canais e sites da internet.
Estamos ultrapassando a noite mais escura, mas já podemos ver os primeiros raios de luz de uma alvorada redentora que surge no horizonte e que vai iluminar toda a cidade e nos mostrar as estradas ensolaradas da ordem e do progresso.
É chegado um novo tempo. Tempo de fazer prevalecer em nossa terra as reservas morais que herdamos de nossos antepassados que por séculos aqui viveram, sonharam e lutaram muito para que fôssemos um lugar de paz, de trabalho honrado e da prática diária das virtudes cristãs e a serviço da humanidade.
Mais que todos, eu devo agradecer a Deus pela honra que imerecidamente dele recebi de poder servir à cidade em tempo de tamanha luta que a outro teria desanimado, mas não a mim, que conheço bem que das cinzas Deus ergue os vencedores e do menor faz o maior.
Se grande é a luta, maior ainda será a vitória.
Vamos mostrar ao mundo que estamos de pé e que nada nos fará recuar da obra monumental de erguer o Rio.
Nossa resposta à crise vai começar com as boas vindas ao Ano Novo num Réveillon que ocupará toda a cidade e com uma beleza e esplendor jamais vistos. Será apenas o primeiro evento do calendário Rio de Janeiro a Janeiro, que vai transformar a cidade no palco dos maiores eventos internacionais.
Mas não é só isso. Já obtivemos R$ 200 milhões para iniciar o maior programa de reforma, modernização e equipamentos das nossas escolas, e logo depois virá a reforma dos hospitais. Vamos concluir a Transbrasil e, com o novo acesso à Ponte Rio-Niterói, desafogar o trânsito da principal avenida da cidade.
Vamos também reabrir restaurantes populares em diversos locais, expandir o Rio Mais Seguro pelos centros dos bairros, gerar empregos, oferecer oportunidades para a população em situação de rua, lutar pela qualidade dos transportes públicos a preço justo e, sobretudo e, principalmente, manter nosso lema de cuidar das pessoas, e de não roubar, não deixar roubar e pôr na cadeia quem roubar.