Um plano para prevenir acidente aéreo é ampliado além do Galeão
Gaviões, falcões e cães Pointer Inglês serão usados contra aves que representam ameaças aos aviões também em Caxias, Magé, Itaboraí, Niterói e São Gonçalo. Programa é usado com sucesso perto do aeroporto
Para prevenir tragédias aéreas, o monitoramento de focos que atraem aves na Área de Segurança Aeroportuária do Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador, e em seu entorno, vai se expandir para municípios que circundam a Baía de Guanabara. O trabalho foi iniciado há quatro anos, com o emprego de falcões, gaviões e cães treinados e teve sucesso. Cidades como Duque de Caxias, Magé, Itaboraí, Niterói e São Gonçalo vão integrar uma comissão de Gerenciamento do Risco da Fauna (GRF). O objetivo é evitar a infestação de pássaros nas rotas de aviões e prevenir colisões com aeronaves e, consequentemente, tragédias.
Graças à falcoaria, a Concessionária RioGaleão registrou a redução de 30% no número de colisões entre os anos de 2015 (109 ocorrências) e 2016 (74 registros), conforme dados do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
O uso de falcões e cães para afugentar ou capturar outras aves que ameaçam a operação do aeroporto foi sucesso em cinco anos e, por isso, precisa ser expandida, para afastar ainda mais o risco de acidentes. Segundo a equipe de monitoramento dos focos atrativos da fauna no sítio aeroportuário e na área de segurança, o manejo de pássaros diversos, em parceria com o Centro de Preservação de Aves de Rapina, contribuíram para a diminuição de até 50% de espécies em áreas externas ao aeródromo.
“A realidade da melhoria das ações de gerenciamento de risco do RioGaleão é comprovada, se comparada aos maiores aeroportos do país”, diz a concessionária, em nota. Em setembro foi realizada uma reunião para traçar planos de ações conjuntas. O projeto envolvendo prefeituras e empresas é para ampliar o controle de aves em pontos da Baía, próximos a lixões ou atividades pesqueiras, entre outras fontes de atração e procriação da fauna regional, que podem colocar as operações aeroviárias em risco.