ONDE INVESTIR EM 2018? NÃO TEM MISTÉRIO...
Felizmente, nesta época do ano, muita gente me escreve e me pergunta o que fazer com o dinheiro. “Onde investir em 2018, Alex?”
Aqui vão minhas breves respostas, sempre lembrando que falo sobre o que EU faria se o dinheiro fosse meu. Consultoria mais aprofundada ou específica, só posso dar pessoalmente (de posse de maiores dados ou detalhes sobre os interesses e as possibilidades do investidor) ou personalizadamente (pelo meu site facaaspazes.com).
Não tem receita. Mas também não tem mistério.
Para quantias abaixo de R$ 5 MIL (em tempo de inflação miúda, inferior a 4%), e para quem está começando, a poupança até que não é mau negócio - mesmo rendendo apenas 70% da taxa oficial de juros do Banco Central (BC), a Selic. Operando acima da inflação, a poupança pode inclusive voltar a vender a isenção (ilusão) do Imposto de Renda como uma vantagem realmente efetiva - o que não é o caso quando a inflação e as taxas de juros estão muito altas.
Vale bem lembrar que, até o limite desse valor (R$ 5 MIL), não há muito o que fazer. Mas a partir desse valor (R$ 5 MIL) as opções na renda fixa começam a oferecer benefícios que, em muitos casos, anulam a vantagem inicial da ilusão... digo... isenção do IR na poupança. Para quantias entre R$ 10 MIL e R$ 15 MIL, mesmo com os juros em queda (a Selic está em 7% ao ano), já vale a pena procurar um fundo de investimento, mas com taxa de administração de 1% ou menos — tudo vai depender do seu cadastro, de seu prestígio e de sua negociação com o gerente.
Para quantias de R$ 20 MIL em diante, o recomendável é buscar mais informações sobre uma infinidade de títulos públicos ou privados, atrelados ao CDI disponíveis nos bancos. Espécie de indicador, balizador ou referência, é fundamental entender no mercado de títulos a função ou o papel do CDI (Certificado de Depósitos Interbancários). Outra compreensão importante é sobre os investimentos em renda fixa: recomendados a quem busca previsibilidade, seja na rentabilidade das aplicações, nas taxas, nos prazos e nos pagamentos — tudo definido já no ato da contratação.
Bolsa, dólar, euro ou ouro são assuntos que não cabem aqui, pelo tempo, pelo espaço e pela complexidade das variáveis ou variantes que envolvem esses negócios e seus diversos níveis de instabilidade, especulação e risco.
Sobre bitcoin, só o tempo dirá se é bolha ou pirâmide. Mas já dá para dizer que não é coisa para amadores — sendo coisa para terroristas, traficantes, mercados clandestinos e outros negócios que escapam dos sistemas convencionais. Mesmo com portas abertas em Nova York, até segunda ordem pobres mortais ou pequenos investidores devem manter distância dessa onda, febre e modismo que vem causando mais uma espécie de histeria coletiva: nova marcha em direção ao desconhecido, nova manada rumo ao abismo.
Resumindo: se a poupança só serve como um bom começo; se Bolsa ou dólar são muito instáveis; e se moedas digitais parecem buracos negros... mantenha seu foco nos fundos, nos títulos, na renda fixa. Em especial, no Tesouro Direto. No longo prazo, é para lá que o seu dinheiro deve ir.
Para maiores informações e esclarecimentos, repito: só posso dar pessoalmente ou personalizadamente: facaaspazes.com.
Bom domingo e boa sorte!