Crivella quer a segurança do Exército no Carnaval
Além da possibilidade de ter as Forças Armadas, Riotur anunciou que pretende contratar 3.375 vigilantes para que a folia seja segura.
Asegurança é a principal preocupação da prefeitura na organização do Carnaval do Rio. O município pretende contar com seguranças privados nas ruas para os dias de folia, além de solicitar o apoio de tropas federais.
A ideia é contratar 3.375 vigilantes, por meio de uma empresa que ainda será licitada. Os seguranças percorrerão as ruas desarmados, dando apoio aos guardas municipais, e não terão papel de polícia. O prefeito Marcelo Crivella disse que já solicitou ao governo federal auxílio das Forças Armadas para o patrulhamento ostensivo.
“Faço um apelo ao governo federal. A Olimpíada trouxe 800 mil pessoas, o carnaval trará 6 milhões. É importante que possamos contar com o apoio das tropas federais antes, durante e depois para que todas as pessoas nas ruas tenham garantias de que o Rio estará completamente seguro”, disse o prefeito.
Faço um apelo ao governo federal. A Olimpíada trouxe 800 mil pessoas; o Carnaval trará 6 milhões Marcelo Crivella, prefeito do Rio
De acordo com o Ministério da Defesa, por lei, não cabe ao município fazer o pedido de envio de tropas federais, que só deve ser solicitado pelos governadores em casos especiais. O ministério e a Secretaria Estadual de Segurança Pública informaram ontem que ainda não receberam solicitações nesse sentido.
Cinco centros de videomonitoramento, com 70 câmeras no total, e dez torres de segurança para atuação da Guarda Municipal e da Polícia Militar serão instaladas nos locais de percurso dos blocos. Os custos serão bancados pela verba de R$ 38,5 milhões em patrocínio, captada pela Riotur de parceiros privados — um recorde histórico, segundo a prefeitura.
A prefeitura espera que mais de 6 milhões de foliões curtam a festa, sendo 1,5 milhão de turistas. A expectativa é de 90% de ocupação da rede hoteleira. O esquema da folia foi apresentado na manhã de ontem pelo prefeito Marcelo Crivella e o presidente da Riotur Marcelo Alves.
Neste ano, 464 blocos poderão sair às ruas, com 600 desfiles aprovados, mais do que os 577 do ano passado. Os maiores blocos sairão na Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro.
O esquema de apoio terá ainda 130 ambulâncias, 30 a mais que o ano passado. O número de banheiros químicos também será um pouco maior: 32.570, contra 31 mil em 2017.
Durante o anúncio do esquema, Crivella exaltou o espírito do povo carioca, cantando uma versão do Samba da Minha Terra, de Dorival Caymmi. “’Quem não gosta de samba... bom prefeito não é’. Nós fizemos um esforço enorme, um esforço grande, eu e o vice, para podermos apresentar um Carnaval muito bonito, que a gente espera que seja calmo, sem violência”.