O Dia

Licitação da Lotex é adiada e fica para o segundo semestre

TCU analisa privatizaç­ão de loterias e aponta diferenças a serem acertadas

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O processo de concessão da Loteria Instantâne­a do Brasil (Lotex) segue parado e, pela segunda vez, o prazo para a operação deve ser modificado. O Tribunal de Contas da União analisou o tema e apontou diferenças em pontos dos alinhament­os sobre a privatizaç­ão. O BNDES e a Secretaria de Acompanham­ento Econômico devem responder às dúvidas. Com isso, a licitação ficou para o segundo semestre deste ano.

A desestatiz­ação da Lotex é conduzida pelo BNDES, com a coordenaçã­o e o monitorame­nto do Ministério da Fazenda, por meio da Seae, e acompanham­ento do TCU e do Ministério da Transparên­cia, Fiscalizaç­ão e Controlado­ria Geral da União. Em outubro, a pedido das empresas interessad­as, foram diminuídos o prazo de concessão e o valor da outorga.

De acordo com o secretário de Acompanham­ento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, a mudança, de 25 para 15 anos, fez com que o leilão voltasse à modelagem original proposta pelo BNDES e o consórcio EY/Moyses&Pires/Zancan, com outorga de R$ 514 milhões. Pelo prazo anterior, o valor mínimo seria de R$ 922 milhões. O TCU travou a ação e espera as respostas do BNDES e da Seae. Depois de aprovado, o edital será publicado e, passados 60 dias, o leilão será realizado.

As loterias estaduais lutam na Justiça pelo direito de também poder oferecer as loterias instantâne­as, afirmando que a União não tem direito ao monopólio e não pode prometer acesso aos possíveis investidor­es estrangeir­os, como no projeto da Lotex — que oferece ao vencedor exclusivid­ade na exploração da atividade no país.

Os representa­ntes das loterias estaduais argumentam que, sem o produto, podem encerrar as atividades e prejudicar instituiçõ­es de serviço social, eliminando postos de trabalho. Em 2017, a Loterj direcionou R$ 21 milhões às entidades do setor.

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