O Dia

OAB cobra reajuste na tabela do IR

Para entidade, governo Temer ‘camufla’ aumento de impostos ao não alterar tabela

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Mais uma entidade veio à público criticar a falta de reajuste da tabela do Imposto de Renda. Ontem o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, afirmou, segundo a Agência Estadão Conteúdo, que o governo federal “disfarça” o aumento da carga tributária ao não corrigir a tabela. Segundo estudo divulgado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a defasagem do imposto é de 88,4% no período acumulado desde 1996.

A OAB é autora da Ação Direta de Inconstitu­cionalidad­e 5.096, apresentad­a ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar a atualizaçã­o da tabela do IR.

“Da forma como está hoje, pessoas que deveriam ser isentas estão pagando o imposto e outras pessoas estão pagando mais do que deveriam”, afirmou Lamachia.

Conforme o Sindicato dos Auditores, “apesar de a inflação oficial do ano passado ter encerrado no menor índice desde 1998 (o IPCA fechou em 2,95%), a defasagem da tabela do Imposto de Renda não para de aumentar”.

“Ao se apossar daquilo que não tem direito, o governo achata a renda do trabalhado­r. Obriga-o a pagar mais imposto, dinheiro que poderia ser mais bem aplicado na poupança, no aprimorame­nto da formação educaciona­l, no consumo”, disse Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional.

Na avaliação dos auditores, se a faixa de isenção atual chega aos contribuin­tes que ganham até R$ 1.903,98, corrigida, ela livraria todo assalariad­o que recebe até R$ 3.556,56 de reter imposto na fonte.

“Quer dizer que a diferença de R$ 1.652,58 pune as camadas de mais baixa renda. Importante lembrar que a tabela não é reajustada desde 2016.”

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DIVULGAÇãO/SINDIFISCO Cláudio Damasceno: ‘O governo achata a renda do trabalhado­r’

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