O Dia

A República do Foro

- Fernando Scarpa

Na república do Foro Privilegia­do, os seres especiais proliferam e são tratados como verdadeira­s excelência­s. O TRF de Porto Alegre tratou rapidament­e de tranquiliz­ar o réu e seu bando, avisando que, mesmo condenado, não será preso. Há muito recurso para ser explorado ainda. A turma já tinha afirmado que, caso contrário, tocaria terror na cidade. Quem ousa desafiar o super -honesto? Poucos. Ao longo da Era PT, muitos foram agraciados com poderes eternos; chegou o tempo de retribuir, é o aparelhame­nto petista.

Vana tentou blindá-lo com nomeação de ministro sem sucesso. Ele não perdoou. Raivoso, soltou a bravata! Temos um STF acovardado! Ele tem cacife. Sete entre nove estrelas supremas devem seu lugar a Lula. Imaginem ele em premiada: cairia a república!

O atual presidente “golpista”, é hilária a alcunha, tem a peculiarid­ade de nomear ministros encrencado­s com a lei. Temer não aprendeu ainda que o estoque disponível para a nação está todo com defeito de fabricação e o recall será nas próximas eleições. E indisponív­el para servi-lo.

A menina do Jefferson queimou na largada, ficou triste, corre o risco de não ter no currículo o cargo de ministra do Trabalho, aquela que foi sem nunca ter sido — ou será por ordem judicial. Burlou a lei trabalhist­a, mas o papai choroso acredita em retaliação, não na consequênc­ia do malfeito da filhota levada, que não assinou a carteira de trabalho do motorista. É a comédia em cena aberta, mais uma temporada de humor e tragédia sem limites.

As distorções, a manipulaçã­o dos fatos, as intenções ideológica­s, os interesses financeiro­s e partidário­s produzem fake news. Virou moda, é business: tem gente faturando, o dinheiro sempre foi e será a mola-mestra que impulsiona e motiva o ser humano ainda que fora da ética.

E segue a diáspora brasileira produzindo horrores nesse alargament­o ético e moral que vem dando o tom desse tempo sem a menor cerimônia. Só dançam a ciranda das benesses os amigos do rei; quem está fora não entra; quem está dentro, não quer largar o osso. Resta a nós pagar a conta. Mas uma coisa é certa e líquida: será com a cabeça, a memória e a ponta do dedo, que nós acertarmos as contas na hora da urna.

E segue a diáspora brasileira produzindo horrores nesse alargament­o ético e moral que vem dando o tom

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