Aposentadoria sem sair de casa não passa de promessa
A “aposentadoria sem sair de casa ”, pelo visto, não sai uda promessa no Rio. Vamos lembrar o caso? Em outubro do ano passado, o ex-presidente do INSS Leonardo Gadelha, disse ao DIA que os trabalhadores que contribuem para a Previdência e atingiram as condições para se aposentar por idade (60 anos para mulheres e 65, homens) ou por contribuição (sendo para mulheres 30 anos e homens 35), poderiam se aposentar “de casa ”. Isso porque o instituto começaria a enviar cartas informandoaos segurados que estão aptos adar entrada no benefício e ele pela Central de Atendimento 135 poderia diz erse aceitava aposentar ou não.
Fácil, não? Seria, mas não foi o que aconteceu com Antonio Lima, que completou 65 anos em novembro. Morador do Engenho de Dentro, o segurado conta que esperou receber acarta informada pelo ex-presidente do instituto. Mas isso não ocorreu. O trabalhador então decidiu ligar para a Central 135 e agendar o atendimento. E assim foi feito, mas só conseguiu vaga na agência de Ramos e para maio. A demora é motivo de críticas: “Já completei o tempo, tenho direito a me aposentar e o INSS me obriga a trabalhar por mais seis meses”.
Fato é que a escassez de funcionários nos postos por conta da falta de concurso público para preencher as vagas que vão surgindo com as aposentadorias de servidores é um dos principais motivos para a demora no atendimento. Some-se a isso a demanda (ainda) represada da greve de funcionários e de médicos-peritos em 2016 que durou 165 dias. Uma fonte da Previdência informou que até hoje há demanda reprimida nos postos por causa da paralisação.
Na época o instituto calculou que 1,3 milhão de perícias deixaram de ser realizadas no período. O que foi contestado pela Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), que informou que 2,2 milhões de atendimentos não haviam sido feitos durante a greve.
E a situação que já está ruim pode piorar: apenas na Gerência Executiva Centro( Rio ), dos mais de 600 servidores cerca de 420 estão aptos ase aposentar.
Procurado, o INSS não respondeu ao questionamento do
DIA se as cartas do Rio foram enviadas aos segurados.