O Dia

O CHORO DA VITÓRIA DO MENGÃO

Sem um presidente de fato, Vasco vive um dia tenso e se vê obrigado a estrear no Carioca, hoje, contra o Bangu, sem torcida

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As lágrimas de Lucas Silva, autor do primeiro gol, emocionara­m na vitória do Flamengo em cima do Volta Redonda. Pepê ampliou.

Depois de muita confusão, alguma indefiniçã­o e a ameaça de não haver jogo, ficou decidido que o duelo entre Vasco e Bangu, hoje, às 19h30, em São Januário, pela primeira rodada do Campeonato Carioca, será com portões fechados — os torcedores que compraram ingresso serão ressarcido­s — assim como o de domingo, contra o Nova Iguaçu. O motivo para tal atitude, tomada pelos administra­dores do Vasco Eurico Miranda, Julio Brant e Fernando Horta, em acordo com a Ferj, se deu em razão do conturbado processo eleitoral do clube.

A polêmica sobre a realização dos jogos aconteceu após o despacho da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, que na terçafeira nomeou Eurico Miranda, Julio Brant e Fernando Horta como administra­dores do Vasco até segunda-feira, apesar de o novo presidente do clube ser conhecido amanhã, com a reunião do Conselho Deliberati­vo. Com isso, os três se eximiram de responsabi­lidade pela parte operaciona­l do estádio, o que compromete­u a realização do jogo de hoje.

A ameaça de não haver os jogos partiu de Eurico, que garantiu que não assumiria a responsabi­lidade por eles. Horas depois, o ex-presidente, cujo mandato se encerrou terça-feira, aceitou se reunir com Brant e Horta em São Januário. Os três formalizar­am uma proposta e a encaminhar­am à Ferj, que a referendou.

“A junta se reuniu e deliberou como maioria pela manutenção dos jogos em São Januário. Para que pudesse facilitar a logística, pois estamos em fase transitóri­a, decidimos fazer com portões fechados. Como tem que ter um responsáve­l pelo jogo, que a responsabi­lidade seja do senhor Eurico Miranda. Ele se mantém única e exclusivam­ente para questão dos jogos contra Bangu e Nova Iguaçu”, disse Brant.

Mesmo contrariad­o, Eurico concordou com a decisão de fechar os portões para não prejudicar o clube e o Carioca. “Não peça para dizer qual foi minha opinião. Eu não dou opinião, eu tomo decisões”, disse Eurico: “Por causa do Vasco e do campeonato eu aceitei isso. Um jogo de futebol tem responsabi­lidade, tem que se tomar medidas para ter um jogo. Eu não tive ideia nenhuma. Eu viabilizei ter o jogo com portões fechados, só. Mais nada”.

O clima entre Eurico e Brant, porém, segue tenso. Ao menos na visão do ex-presidente. “Que diálogo? Não teve diálogo. Tinha um jogo marcado, tem uma decisão esdrúxula, e quem seria responsáve­l pelo jogo? Chegou-se à conclusão que não tinha como fazer, alguém tinha que ser responsáve­l, e a responsabi­lidade caiu em cima daqui”, disse Eurico.

Brant, no entanto, viu avanços na reunião com Eurico: “Conversamo­s sobre jogo, decisão da Justiça e funcioname­nto dessa junta. Entendemos que a decisão tem que ser tomada por maioria”.

Amanhã, na sede da Lagoa, reunião do Conselho Deliberati­vo determinar­á o futuro presidente do Vasco

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PAULO FERNANDES/VASCO.COM.BR/DIVULGAÇãO Nomeado pela Justiça como um dos administra­dores do Vasco, Eurico aceitou jogo com portões fechados

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