O Dia

Prefeitura pode taxar servidores inativos em 14% depois da decisão do Supremo

Prefeitura do Rio aguarda decisão do Supremo sobre tema na esfera federal para adotar medida

- Paloma Savedra

Segue em compasso de espera a proposta do Município do Rio de taxar servidores inativos. Segundo fontes, a prefeitura ainda aguarda o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema em ação envolvendo o funcionali­smo da União, conforme a Coluna informou no último dia 7. Dependendo da decisão da Corte, a alíquota previdenci­ária poderá ser ainda maior: em vez de 11%, subiria a 14% sobre os vencimento­s. Com isso, teria que haver também elevação da contribuiç­ão dos ativos, que hoje já contribuem com 11%.

A proposta inicial da prefeitura era de taxar em 11% inativos que ganham acima do teto do INSS (R$ 5.645,80), já que o Rio não cobra contribuiç­ão previdenci­ária de aposentado­s e pensionist­as. E o desconto foi determinad­o pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). A alíquota é a mesma aplicada atualmente aos ativos.

Mas o projeto de lei do Executivo será influencia­do pelo resultado do julgamento do Supremo sobre o aumento da contribuiç­ão previdenci­ária de 14% do funcionali­smo federal. No caso, a União editou medida provisória para a implementa­ção

da nova alíquota para quem tem vencimento­s acima do limite do INSS.

Só que integrante­s da prefeitura acreditam que, se o STF autorizar a elevação da alíquota, poderá determinar que a cobrança seja para todos, e não só para uma parcela do funcionali­smo.

Com isso, o município não descarta adotar a cobrança para todos os seus aposentado­s e pensionist­as. E, além disso, propondo contribuiç­ão de 14% e não mais de 11%, já que não é permitido a municípios taxarem seus funcionári­os com alíquota menor do que a da União.

MudspM cobra reunião

Vale ressaltar que essa e outras medidas são estudadas pelo governo, e até agora não há informaçõe­s oficiais. No entanto, são alvos da preocupaçã­o do funcionali­smo municipal. As categorias cobram a concessão de reajuste anual, o que não ocorreu no ano passado, e o retorno do calendário antigo de pagamentos, quando os servidores ativos, por exemplo, recebiam os salários até o segundo dia útil do mês seguinte ao trabalhado. A prefeitura já alegou que a mudança do cronograma foi para otimizar o caixa municipal, e que, com isso, adequou o período de entrada de receita com a de pagamentos da folha salarial.

Ontem, representa­ntes do Movimento Unificado dos Servidores do Município (Mudspm) passaram a manhã na prefeitura, tentando obter retorno sobre a reunião reivindica­da com o prefeito Marcelo Crivella. As categorias também querem informaçõe­s a respeito da creche institucio­nal, que está parada.

 ?? DIVULGAÇÃO ?? Integrante­s do movimento de servidores tentaram agendar, ontem, uma data de reunião com o prefeito
DIVULGAÇÃO Integrante­s do movimento de servidores tentaram agendar, ontem, uma data de reunião com o prefeito
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil