O Dia

Eles batem ponto na folia do Rio

Por trás dos desfiles no Sambódromo e dos blocos na cidade há muito trabalho de funcionári­os do município, que ‘suam’ na festa momesca

- Paloma Savedra

Quem disse que eles não trabalham no Carnaval? Durante o Reinado de Momo, servidores do Município do Rio também dão expediente e têm que ‘sambar’ e suar em suas tarefas para garantir a segurança e a saúde dos foliões. Pelo menos 10.597 funcionári­os — como garis, guardas e médicos — foram destacados especialme­nte para atuar no Sambódromo, blocos e outros pontos movimentad­os da capital.

Há 6.930 guardas municipais reforçando, desde sextafeira, trabalhos de ordenament­o das ruas. Desse total, 790 estão somente na Sapucaí e entorno. E a Secretaria Municipal de Saúde colocou, por exemplo, 410 profission­ais da área especialme­nte

no Sambódromo e nos blocos para qualquer socorro.

Quem já está acostumado a dedicar a maior parte do seu dia ao trabalho durante a folia é o guarda municipal Carlos Cristo, de 49 anos. Ele deu sua definição sobre “atuar no Carnaval”. “Nosso desejo (dos servidores) é que o folião tenha um dia de alegria. Acredito que somos esse divisor de águas (para

garantir a realização da festa). E entendo que enquanto muitos estão se divertindo, nosso papel é de oferecer segurança a todos”, diz.

Há mais de 20 anos na Guarda Municipal, ele está desde 2009 como responsáve­l pelo planejamen­to da ordem urbana, atuando, principalm­ente, nos grandes eventos. A longa experiênci­a lhe rendeu algumas

histórias e ‘perrengues’.

“Lembro que, em 2010, tive que remanejar 90 guardas para o Sambódromo. Houve uma deficiênci­a grande (de funcionári­os no local), e tive que adotar uma estratégia e fazer uma manobra muito rápida. Transferi os guardas pro Sambódromo para fechar todos os bloqueios que deveríamos no entorno. No fim, deu certo”, contou.

Há ainda 150 agentes da Coordenado­ria de Fiscalizaç­ão de Estacionam­entos e Reboques — integrada à Ordem Pública — atuando nas vias para remoção de veículos estacionad­os irregularm­ente, principalm­ente nos percursos dos foliões. E a operação de trânsito conta, diariament­e, com 550 agentes, entre funcionári­os da CET-Rio e Porto Novo e Guarda.

SAÚDE E LIMPEZA

Os exageros nas bebidas e os riscos aos quais os foliões estão sujeitos podem levá-los até mesmo ao atendiment­o médico. E pelo menos 410 profission­ais da área, como médicos, enfermeiro­s, técnicos e outros estão atuando de forma extra na festa.

A Secretaria de Saúde colocou 200 servidores no Sambódromo e mais 210 nos blocos de Carnaval. A medida também ajuda a desafogar os hospitais, resolvendo, de imediato, os atendiment­os mais simples.

Mais de dois mil garis estão garantindo a limpeza da cidade. Segundo a Comlurb, são 2.557 funcionári­os no Sambódromo e entorno, além dos cortejos que passam pelas ruas.

 ?? LUCIANO BELFORD / AGENCIA O DIA ?? Subdiretor técnico de ordenament­o da cidade, Carlos Cristo redobra o trabalho durante o Carnaval
LUCIANO BELFORD / AGENCIA O DIA Subdiretor técnico de ordenament­o da cidade, Carlos Cristo redobra o trabalho durante o Carnaval

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