A vez do glitter sustentável
Feito a base de alga e pó de pedra, o bioglitter é a nova moda para substituir a purpurina tradicional
Para brilhar no Carnaval, o glitter na pele é essencial, mas sua composição leva uma mistura que cai como uma bomba na natureza. Formado por microplásticos, junto a folhas de alumínio e outros componentes químicos, o glitter não consegue ser reciclado e seu tempo de decomposição é de mais de 400 anos. Com uma pegada sustentável, a grande aposta dessa folia é o bioglitter. Criado a base de pó de pedra e alga, a ‘purpurina vegana’ não agride o meio ambiente e está cada vez mais popular no Rio.
A carioca Pura BioGlitter, de Santa Teresa, é uma das pioneiras na fabricação do produto. “Sempre fui fã de glitter e cheguei nessa receita que não oferece nenhum impacto ao meio ambiente”, contou a fundadora da marca, a arquiteta Frances Sansão, 28 anos. Para chegar em cores variadas, ela mistura ao pó de mica e alga, o corante alimentício. “Faço uma pasta, levo para secar e depois trituro tudo”, detalhou. Um vidro do bioglitter custa em média R$ 10.
O glitter convencional em contato com oceano causa um estrago ainda maior. Esse material tem potencial pata absorver produtos tóxicos no mar, como pesticidas e outros metais pesados,
acarretando risco à biodiversidade. Pequenos animais e plânctons acabam consumindo o microplástico que, por consequência, contamina os peixes maiores.
Outro grande vilão para o meio ambiente no Carnaval é o confete. Feito de papel comum, ele se espalha pelas ruas dificultando a limpeza e sua reciclagem. Mas uma das alternativas para colaborar com a natureza é o confete biodegradável, feito a base de papel de arroz, de modo que pode ser desfeito rapidamente com água e também pode ser decomposto naturalmente pela ação de organismos vivos.
E uma outra opção, ainda mais rica e que promete embelezar a folia, é o confete verde, desenvolvido com folhas de árvore. A confecção dele é super fácil e pode ser feita em casa. Basta ter as folhas e um furador de papel.