O Dia

“O MAIOR DESAFIO ÉO SOTAQUE”

- GABRIEL SOBREIRA gabriel.sobreira@odia.com.br

Oportuguês José Fidalgo, 38 anos, chegou ao Brasil no fim de setembro. Já em outubro começou a gravar como o vilão Constantin­o, de ‘Deus Salve o Rei’, sua estreia na TV brasileira. “O maior desafio foi a língua, o sotaque. Falava o dia todo com o sotaque brasileiro, desde que acordava até dormir. E de preferênci­a que sonhasse com português do Brasil”, afirma o ator, natural de Lisboa, com 20 anos de experiênci­a.

SOTAQUE

Na TV, o sotaque português está praticamen­te imperceptí­vel. Os conterrâne­os de Fidalgo até o elogiam pelas redes sociais. E não só eles. “Um motorista de táxi em São Paulo não sabia de onde eu era. Ele tentava adivinhar e dizia: ‘Você é do Sul? Argentino?’. Foi quando eu disse que sou português. Ele: “Caraca, mano, você é português?!”, conta, cheio de orgulho.

GÍRIAS

A adaptação em terras cariocas vai de vento em popa. Quando não grava, José adora curtir uma praia. E, claro, a todo tempo treinar o sotaque e lidar com as gírias. “’Parada’, ‘Tá ligado’, ‘Fica esperto’, ‘balada’. São algumas. Sempre que não entendo, eu pergunto na hora para não ficar remoendo, mato a dúvida”, confessa, aos risos.

COMIDA

Antes de gravar a novela, o português até se aventurou a pegar metrô. Foi da estação Jardim Oceânico até Botafogo. “Estou gravando muito. Quando tiver um tempo, quero conhecer um pouco mais”,

diz ele, que adora a culinária brasileira. “Adoro açaí, tapioca comecei a comer aqui. Como tapioca de tudo”, entrega, com bom humor.

aMiGoS

Parte dessa ambientaçã­o bem tranquila se deve também aos amigos e colegas do ator. “Fui bem recebido pelo Ricardo Pereira e pelo Paulo Rocha (atores também portuguese­s). São duas pessoas que me apoiaram muito e me acolheram muito para ficar à vontade nessa primeira chegada”, conta Fidalgo. “Vocês recebem bem as pessoas. Tive um acolhiment­o da Globo e do elenco. Nunca se cansaram de me explicar, mostrar. É algo que não posso me queixar sem sombra de dúvidas”, completa.

QUÍMiCa

Na história de Daniel Adjafre, José (Constantin­o) protagoniz­a cenas intensas de amor e disputa por poder com Bruna Marquezine, a intérprete da perigosa e ambiciosa Catarina. “Ele encontrou sua alma gêmea, a sua versão feminina, e se apaixonou. Ela pode matá-lo na primeira oportunida­de. Essa noção de perigo eminente o atrai”, explica.

aSSÉdio

A relação quente entre os personagen­s arranca suspiros dos fãs tanto de José Fidalgo quanto de Bruna Marquezine. O assédio tem aumentado? “As abordagens que eu recebo são sempre com respeito, as pessoas têm sido respeitosa­s quando vêm falar do meu trabalho”, garante. Sobre a parceira de cena, Fidalgo é só elogios. “É ótimo contracena­r com uma atriz que esteja disponível, que se entrega. O principal objetivo é público. Ela trabalha muito bem, se esforça muito. Acho que está

No alto, José Fidalgo em momentos de descontraç­ão. Depois, na pele de Constantin­o e em cenas com Bruna Marquezine

fazendo um grande papel”, derrete-se.

PRoTaGoNiS­Ta

Pai de Lourenço, de 8 anos, e Maria, de 3, José recebeu a visita do primogênit­o recentemen­te. “Foi maravilhos­o”, conta, com sorriso na voz. Contratado por obra pela Globo, Fidalgo torce para que seu personagem continue aprontando muito. Constantin­o já matou Hermes, sequestrou Catarina e agora é caçado pelo rei Augusto (Marco Nanini). “Criei essa ponte com o Brasil. Não quero destruí -la, mas atravessá-la várias vezes. Não vou esquecer do meu país e outros países, mas não quero também esquecer o Brasil”, exalta. “Agora é surgir um projeto bem interessan­te para mim que eu voltarei com toda certeza”, acrescenta. Gostaria de viver um protagonis­ta? “Se for desafiador, aceitarei de cara”, frisa.

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Fotos de RepRodução
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