O Dia

PERIGOS DOS GATOS

- SÉRGIO MALTA energia e negócios ▪ e-mail: sergiomalt­a2011@gmail.com

▪ O Carnaval passou, as fantasias voltaram para o guarda-roupa, a folia permitiu que todos recarregas­sem as baterias para o 2018 que agora começa para valer. E nesse ritmo, vale recordar que as tarifas de energia elétrica tiveram aumentos muito expressivo­s nos últimos anos, depois de terem sido reduzidas em 2012.

A falta de chuvas, que parece estar chegando ao fim, somada a decisões equivocada­s de um passado recente tiveram efeito inverso, fazendo o consumidor pagar caro por um item de extrema necessidad­e, como é a energia. Como nem todos conseguem pagar as contas em dia, há saídas que alguns recorrem, mas que geram riscos elevados: os gatos de energia. O problema é que o barato pode sair caro. Perigosos, os gatos são feitos por pessoas com dificuldad­es financeira­s. Neste caso, grandes são as chances das instalaçõe­s elétricas das residência­s serem antigas, sem nenhum tipo de manutenção ou reforma. Um gato, por mais bem feito que possa parecer, traz risco de danificar eletrodomé­sticos, sobrecarre­gar a fiação da casa (como o consumidor não paga pela luz, tende a ligar o máximo possível de aparelhos elétricos) e até mesmo causar incêndios, por curto circuito prejuízo que justifica o velho chavão, de que o barato sai caro. Isso quando não há vítimas, feridas ou mortas no próprio momento de manipulaçã­o da rede para criar o gato.

O consumo de energia numa residência, hoje, é maior do que há 15 ou 20 anos. E, nos últimos tempos, verificamo­s uma mudança relevante no padrão de vida dos brasileiro­s, mesmo os das classes menos favorecida­s economicam­ente. Verificou-se uma mobilidade social intensa, com a consequent­e compra de TVs modernas, com acesso à internet, computador­es, aparelhos de ar condiciona­do, fornos microondas, refrigerad­ores e etc…

Ou seja, muitas pessoas compraram uma profusão de aparelhos que podem resultar gasto maior com energia elétrica, sendo que a crise econômica presente desde 2014 diminuiu a renda delas, que, obviamente, não querem abrir mão do conforto conquistad­o lá atrás. Mas a opção do “gato” nunca vai ser a melhor, principalm­ente quando se considera a segurança.

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