Temer e Maia acusam servidores públicos de serem privilegiados
▪ Com a PEC 287, o governo Temer pretende igualar as regras para a aposentadoria de trabalhadores do serviço público e do setor privado. O presidente Michel Temer vem usando como argumento que “são contrários à reforma os funcionários públicos privilegiados”.
O discurso tem coro do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar voltou a declarar, no segundo dia de desfiles na Sapucaí, que não poupará esforços para conseguir apoio à proposta. E falou, novamente, em mobilizar governadores, já que “estados e municípios perderam a capacidade de investimentos”. A ideia é fazer com que eles convençam as bancadas de seus estados.
Também integrante da Frente, Marta Moraes (Sepe) ressaltou que a participação de diversas categorias reforça a rejeição ao texto: “Não vamos aceitar nenhuma perda de direitos”. “Mesmo com a intervenção, devemos nos manter em alerta em defesa de nossa previdência”, exclamou Márcio Garcia, presidente do Sindpol e membro do grupo. Ele afirmou que irá à capital federal acompanhar o andamento da PEC.
As alterações das regras para aposentadoria do funcionalismo incluem a idade mínima e a fórmula de cálculo do benefício. A proposta equipara, progressivamente, a idade mínima à do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), chegando a 62 anos para mulheres e 65 para homens.
A integralidade será mantida de forma restrita: só para quem entrou no serviço público antes de 2003 e tiver atingido a idade mínima.