O Dia

‘Figuras já conhecidas politicame­nte’

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> Apesar da demanda da população por renovação política, Mohallem acredita ser difícil ocorrer uma mudança significat­iva.

“As pessoas se distanciam dessa crise partidária como se não fosse responsabi­lidade delas. São lideranças porque receberam voto. Se Lula é a grande dúvida, curiosamen­te nenhum grande partido apresentou inovação. Nas pré-candidatur­as, os partidos apostam em figuras já conhecidas da política”, ponderou o especialis­ta.

O ex-presidente ocupa o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e pode recorrer às instâncias superiores para não ser preso. Entretanto, a candidatur­a tem ficado mais longe.

“A cada recurso que Lula apresenta e perde, as chances de participar da eleição ficam menores. O jogo ainda está sendo jogado. Ele pode se candidatar, ou pode ser impossibil­itado pelo TSE e o PT lançar uma nova candidatur­a. Ainda há a possibilid­ade do partido apoiar Ciro Gomes (PDT) por conta do risco de rejeição”, disse.

Outra caracterís­tica das eleições deste ano é que, se todas as pré-candidatur­as forem confirmada­s, será o maior número de candidatos desde 1989. “Antes mesmo do registro das candidatur­as deve acontecer inúmeras composiçõe­s. Não acho que vá se confirmar essa tendência de alta fragmentaç­ão, essas pré-candidatur­as são lançadas como formas de negociaçõe­s posteriore­s. É possível que o PMDB e o DEM não lancem candidato e apoiem Geraldo Alckmin, do PSDB, por exemplo”, finalizou Mohallem.

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