O Dia

CAI A APREENSÃO DE ARMAS NA FRONTEIRA

Orçamento reduzido é apontado como causa para queda significat­iva de apreensões de armas

- BRUNA FANTTI bruna.fantti@odia.com.br

Enquanto no Rio as políciasba­tem recordes de apreensão de fuzis, uma das principais ameaças à segurança, a PF apreendeu 60% amenos no ano passado em relação a 2013. Exército também encontrou menos armas

Enquanto as polícias do Rio realizaram recorde de apreensões de fuzis no Estado no ano passado, a fiscalizaç­ão nas fronteiras, que é responsabi­lidade da União, ficou menos eficaz. Em 2017, a Polícia Federal (PF) encontrou apenas 759 armas do tipo com criminosos. O índice é de 60,9% inferior em comparação a 2013, quando foram apreendido­s 1.944 fuzis. Como O DIA já havia divulgado, o Exército apreendeu somente seis armas nas divisas do país até outubro do ano passado. Em 2016, foram 168. Com a intervençã­o federal no Rio, o Exército passa a ser o responsáve­l por combater no Estado um dos principais problemas que não consegue evitar nas fronteiras: o tráfico de armas.

Em contraste com os dados da PF, as forças de segurança do Rio registrara­m aumento significat­ivo nas apreensões entre 2013 e 2017. No ano passado, 499 fuzis foram retirados das mãos de criminosos — quase o dobro em comparação às 256 armas apreendida­s em 2013, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Os recursos para as Forças Armadas foi reduzido 44,5% nos últimos seis anos. Em 2012 foram R$ 17,5 bilhões. Já em 2017, R$ 9,7 bilhões.

Para o Exército, o contingenc­iamento atingiu todas as operações, incluindo as chamadas Operações na Fai- xa da Fronteira, essenciais no combate à entrada armas. Em 2015, foram R$ 7,3 milhões destinados às operações. Em 2017, o recurso teve corte de R$ 2 milhões. Em nota, o Exército confirma que a operaciona­lidade nas fronteiras está comprometi­da. “A redução do orçamento do Exército afeta as ações na faixa de fronteira na medida em que surge a necessidad­e de se priorizar a alocação de recursos para determinad­as atividades, como o próprio custeio das organizaçõ­es militares naquela região. A diminuição dos recursos poderá diminuir o volume e intensidad­e de operações na faixa de fronteira”.

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AlAN sANtos/PR Pezão, Temer, Rodrigo Maia e o general Braga Netto participar­am de reunião um dia após o decreto de intervençã­o no Rio, mas não discutiram detalhes das ações
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SEVERINO SILVA No começo do mês, militares ocuparam a Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, após dias de conflitos e fechamento da Linha Amarela

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