O Dia

ALTA PRESSÃO

Nascido em Colatina, astro do basquete rubro-negro aposta em título da Taça Guanabara em seu estado

- VITOR MACHADO vitor.machado@odia.com.br

Com a torcida do capixaba Varejão, ídolo do basquete, o Flamengo quer fazer do estádio de Cariacica um caldeirão na decisão da Taça GB contra o Boavista, hoje, às 17h

Um amor que não se mede e que o capixaba Anderson Varejão, do alto dos seus 2,11 metros de altura, com seu par de tênis número 50, tenta traduzir. O Flamengo encontrou, no calor da torcida de Cariacica, a sensação de pertencime­nto que dificilmen­te experiment­a longe do Maracanã. Na final da Taça Guanabara, contra o Boavista, hoje, às 17h, mais uma vez o grito que vem das arquibanca­das servirá de combustíve­l ao Rubro-Negro. O estádio Kleber Andrade, geralmente lotado, deixa o time à vontade, como se em casa estivesse.

Em 2016, o Flamengo adotou Cariacica como lar, já que o Maracanã estava fechado por causa das Olimpíadas. Foram sete vitórias e uma derrota, em oito partidas disputadas, com média de 15.729 pessoas presentes por jogo — o estádio tem capacidade para pouco mais de 21 mil.

“Capixaba adora futebol e a proximidad­e com o Rio faz com que haja uma enorme legião de torcedores rubro-negros. Acho que é o carinho do capixaba, a paixão, que existe em qualquer lugar onde haja torcida do Flamengo, ou seja, pelo Brasil todo. Que o Flamengo jogue mais vezes no estado. Dá sorte e vai sempre ser muito bem recebido”, afirmou Varejão, que, nascido em Colatina, interior do Espírito Santo, em 28 de setembro de 1982, forjou sua paixão pelo Rubro-Negro à base títulos.

“Minha família é de rubronegro­s e nasci naquela década de ouro, com Zico, Júnior, Adílio, Leandro e tantos outros, aquele time que conquistou tudo, que foi campeão mundial. Era difícil não se encantar e não torcer, não vestir o manto.”

Na TV ou pelo rádio, Varejão alimentava a adoração pela time da Gávea na casa do seu Benerval, pai de Nélio, amigo de infância do jogador. Lá, respirava-se Flamengo. Na escola, em São João de Petrópolis, distrito do município capixaba de Santa Teresa, onde passou a infância, quase todas das crianças torciam para algum dos clubes cariocas. Não é difícil imaginar qual deles fazia a cabeça da maioria da garotada.

“O Flamengo, sem dúvidas. Mas era bacana a rivalidade, a gente tratava em tom de brincadeir­a, provocação sadia, era motivo para unira turma e não de gerar violência”, relembrou o atleta.

Fã de Zico, Júnior e Romário, Varejão guarda com carinho na lembrança o gol do tri carioca do Pet sobre o Vasco, em 2001. Para hoje, ele arrisca o placar de 2 a 0 a favor do Flamengo, embora ressalte que, quando a bola rola, qualquer favoritism­o se esvai. Já em sintonia com jogadores como Diego, Everton Ribeiro, Vinicius Junior, Lucas Paquetá e Julio Cesar, que marcaram presença na sua estreia pelo clube, o pivô só pensa em colecionar títulos na quadra e na arquibanca­da.

Que o Flamengo jogue mais vezes no estado. Dá sorte e vai sempre ser muito bem recebido” ADERSON VAREJÃO, Pivô do Fla

 ?? MARcIo MeRcANte dIvulGAção ??
MARcIo MeRcANte dIvulGAção
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil