O Dia

Governo federal envia força-tarefa ao Ceará

Decisão aconteceu após assassinat­o de líder do PCC na região de Fortaleza

- Com Estadão Conteúdo

Após o assassinat­o de líder da facção criminosa paulista PCC, na região metropolit­ana de Fortaleza, o presidente Michel Temer determinou ontem o envio de uma força-tarefa policial ao Estado do Ceará para “dar apoio técnico às forças de segurança estaduais nas ações de combate ao crime organizado”. A informação é do Ministério da Justiça.

Em comunicado, a pasta explica que o destacamen­to será composto por 36 homens, sendo 26 da Polícia Federal e 10 da Força Nacional de Segurança Pública, e será chefiado pelo almirante Alexandre Mota, secretário -adjunto da Secretaria Nacional de Segurança Pública. A ideia é que a força atue como um reforço às operações conjuntas de inteligênc­ia “diante dos últimos acontecime­ntos”.

A população cearense tem presenciad­o uma guerra entre facções criminosas após uma chacina que deixou mais de uma dezena de mortos no fim de janeiro. No sábado, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, maior liderança do PCC nas ruas, foi encontrado morto a 30 quilômetro­s de Fortaleza, no Ceará. Ele teria sido assassinad­o em uma suposta emboscada na reserva indígena de Aquiraz. Com Gegê, também foi encontrado morto Fabiano Alves de Souza, o Paca, também da facção. O Ministério Público do Estado de São Paulo suspeita que o crime tenha sido motivado por disputas internas da

facção. Mas o PCC também têm travado disputas em diversos estados com outras facções criminosas.

As mortes dos líderes teriam ocorrido na madrugada de sexta-feira. Testemunha­s relataram à polícia cearense que um helicópter­o pousou na região e logo depois foram ouvidos uma sequência de disparos. Investigad­ores paulistas acreditam que tenha sido montada uma emboscada contra Gegê e Paca.

Os corpos só foram identifica­dos horas depois, mas a mensagem se espalhou rapidament­e pelo sistema prisional paulista dando conta da morte de Gegê. Duas hipóteses principais estão sendo considerad­as para o caso. A primeira, apontada por integrante­s do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, é que a morte de Gegê tenha ocorrido em represália ao assassinat­o Edilson Borges Nogueira, o Biroska, em 5 dezembro na Penitenciá­ria 2 de Presidente Venceslau. Outra possibilid­ade é que, na rua, Gegê estava ganhando mais poder do que os líderes presos do PCC desejavam.

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Gegêdo Mangue era considerad­o o maior líder do PCC nas ruas

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