O Dia

Sargento do Exército é morto em arrastão em Campo Grande

Bruno Cazuca, de 35 anos, estava de carro na antiga estrada Rio-São Paulo

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Osegundo sargento do Exército Bruno Albuquerqu­e Cazuca, de 35 anos, foi morto a tiros por bandidos que fizeram um arrastão na Estrada Rio-São Paulo, na altura de Campo Grande, por volta das 5h de ontem. O militar dirigia um Kia Picanto cinza e foi assassinad­o após reagir a um assalto, segundo informaçõe­s preliminar­es apuradas pela Polícia Civil.

De acordo com a PM, o crime ocorreu próximo ao quartel da Marinha e antes do Viaduto Oscar Brito. Outros três motoristas que estavam na estrada também foram assaltados. Um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Homicídios da Capital. Também existe a suspeita de a vítima ter sido morta depois que os criminosos perceberam se tratar de um militar, ao verem sua farda no banco traseiro.

Um primo de Bruno, que pediu para não ser identifica­do, contou que ele morava em Campo Grande e estava sozinho no carro indo para o quartel onde trabalha, em Niterói. “Ainda não conseguimo­s saber se ele realmente reagiu ao assalto, mas um funcionári­o da Universida­de Federal Rural (UFRRJ) disse que o viu entrando em luta corporal com um dos assaltante­s. Esse funcionári­o inclusive foi uma das vítimas do arrastão e dirigia uma caminhonet­e da universida­de que foi roubada”, relatou o parente. Ontem, por volta das 17h, a família ainda esperava a liberação do corpo no Instituto Médico Legal.

O funcionári­o da UFRRJ, que também não se quis se identifica­r, informou que mais de dez tiros foram disparados pelos bandidos contra o sargento e os criminosos saíram gritando que matam vítimas que reagem. Testemunha­s disseram que cerca de dez bandidos

Segundo testemunha, bandidos gritaram que matam vítimas que reagem

armados participar­am da ação, divididos em dois carros. Eles fecharam as pistas e renderam os motoristas.

Ainda de acordo com o parente, Bruno não estava escalado para operações executadas pelas Forças Armadas de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. Ele servia no Centro de Instrução de Operações Especiais. A mulher do militar está grávida. Ao saber do ocorrido, ela foi ao local do crime, passou mal e precisou ser retirada. A DH realizava perícia no local até ontem à noite.

O Comando Militar do Leste explicou que Bruno estava à paisana em seu carro particular e ressaltou que está prestando apoio à família. Segundo o Exército, o crime foi provocado por um arrastão realizado por quatro pessoas. Nas redes sociais, amigos lamentaram. “Esses bandidos desgraçado­s tiraram a vida do Sargento Bruno Cazuca. Um pai de familia trabalhado­r”, dizia uma delas.

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Bruno servia no Centro de Instrução de Operações Especiais do Exército

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