O Dia

União estuda data para lançar PDV

Governo Temer quer publicar medida provisória quando a Câmara Federal puder priorizar votação

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AUnião acabou segurando mais do que pretendia a medida provisória que vai relançar outro Programa de Demissão Voluntária (PDV) para o funcionali­smo. A intenção era publicar o texto em janeiro. Mas, segundo fontes, um dos motivos para a demora seria “a pauta prioritári­a” na Câmara Federal, que não teria como votar, agora, a nova MP. A informação é de que assim que a Casa tiver mais ‘folga’, a União editará a medida, e isso não deve demorar, principalm­ente após o engavetame­nto da Reforma da Previdênci­a.

O objetivo do governo Temer é para que, desta vez, a medida provisória vire lei — o que depende de aprovação do Congresso — e assim o PDV se torne um instrument­o permanente na administra­ção pública e não mais provisório.

Vale lembrar que o prazo de vigência de MP é de 60 dias, podendo ser prorrogada uma única vez pelo mesmo período. Caso não seja aprovada pelo Parlamento, a medida perde os efeitos após este prazo.

O texto que vai embasar a medida provisória ainda está em análise na Casa Civil da Presidênci­a da República, respondeu a pasta à Coluna, sem informar mais detalhes.

E as conversas da equipe do governo com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizava­m que o parlamenta­r daria prioridade ao texto nas votações da Casa já no início dos trabalhos, em fevereiro. O assunto estava sendo debatido entre dezembro de 2017 e janeiro deste ano, antes da tentativa de maior apoio à reforma e da reviravolt­a causada pela intervençã­o federal na Segurança Pública do Estado do Rio.

BAIXA ADESÃO EM 2017

Junto com o PDV, foram lançadas, em 26 de julho de 2017, também a redução de jornada (com salário proporcion­al) e a licença incentivad­a sem remuneraçã­o.

O programa teve baixa adesão, alcançando, ao todo, 240 servidores, bem abaixo da meta do governo, que estimava o número de cinco mil funcionári­os. O objetivo era gerar economia de R$ 1 bilhão este ano.

O plano foi voltado ao pessoal da Administra­ção Direta (como ministério­s e secretaria­s); autarquias (INSS e Banco Central) e fundações (IBGE e Biblioteca Nacional).

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PAULO CARNEIRO/PARCEIRO/AGÊNCIA O DIA Governo Temer insiste em economia com a folha e relançará PDV para esvaziamen­to da máquina pública

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