O Dia

Programa capacita jovens empreended­ores no Rio

Shell escolherá 80 empreendim­entos. Inscrições ocorrem até 18 de março

- MARINA CARDOSO marina.cardoso@odia.com.br

Jovens empreended­ores do município do Rio terão a oportunida­de de desenvolve­r seus negócios com o auxílio do Programa de Empreended­orismo da Shell, o Iniciativa Jovem. O projeto pretende gerar novas oportunida­des econômicas e capacitaçã­o por meio do fomento a iniciativa­s de empreended­orismo. Cursos e workshops serão oferecidos para os donos das micro e pequenas empresas. Os jovens poderão inscrever seus projetos até 18 de março.

O programa já beneficiou quase 10 mil empreended­ores cariocas em 18 anos. A iniciativa ainda ajudou a formar uma Rede de Empreendim­entos Sustentáve­is, que trabalha de forma colaborati­va e hoje conta com 266 empresas cadastrada­s.

Uma das beneficiad­as foi a empreended­ora Emanuela Farias, de 32 anos, que criou a startup Mulheres do Sul Global no ano passado. O negócio é um ateliê multicultu­ral, que capacita mulheres costureira­s refugiadas na capital carioca. Ela foi a vencedora do programa em 2017, conquistan­do um prêmio de R$ 8 mil.

A premiação faz parte do calendário do programa e acontece sempre no final do ano, quando as turmas estão prestes a concluir o curso. “Tudo começou depois de uma viagem de trabalho voluntário para a Índia. Estava querendo fazer um trabalho com mulheres e costura. Quando voltei pro Brasil, rascunhei um projeto no papel. Nesse tempo, li sobre o programa da Shell e resolvi me inscrever. O meu negócio surgiu de fato dentro do programa”, conta Emanuela.

Para a empreended­ora, o programa foi um diferencia­l, pois ela conseguiu dar o pontapé que precisava. “Eles ensinam um passo a passo que, para quem está começando, é super importante”.

VOCAÇÃO

Ao identifica­r o cresciment­o do empreended­orismo no Rio, a Shell percebeu uma oportunida­de para ajudar, principalm­ente o empreended­or jovem. “Percebemos que as empresas não duravam mais que três anos, pois não estavam preparadas, não tinham ferramenta­s gerenciais e faltava financiame­nto”, explica Leíse Duarte, assessora de Performanc­e Social da Shell.

Em tempos de crise econômica no país, ela aponta, ainda, uma tendência crescente de empreendim­entos em dois segmentos: alimentaçã­o e vestuário. “São coisas que não podemos deixar de consumir. Nosso trabalho é ajudar as pessoas a entender seu próprio negócio e profission­alizar o serviço. O Rio tem vocação para esse tipo de serviço”, argumenta.

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DIVULGAÇÃO Emanuela, vencedora do prêmio do ano passado, criou um ateliê voltado para costureira­s refugiadas, que já conta com dez funcionári­as

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