Temer ‘prova que está vivo’ e volta a receber a aposentadoria de R$ 22,1 mil
N Os cortes temporários de aposentadorias e pensões em caso de não fazer a prova de vida são comuns. Só no ano passado, 4,7 milhões de segurados do INSS não fizeram a comprovação. O aposentado mais “ilustre” a ter os vencimentos cortados foi o presidente Michel Temer, que esqueceu de fazer o recadastramento e teve o pagamento suspenso em novembro. Mas na última semana provou que “está vivo” e voltou a receber sua aposentadoria de promotor do Estado de São Paulo.
Em valores brutos, Temer tem direito a R$ 45 mil pelo benefício previdenciário. Mas, para se adequar ao teto do funcionalismo, que é de R$ 33,7 mil, o valor líquido fica em R$ 22,1 mil.
O recadastramento anual é obrigatório, seja para quem for, e deve ser feito pelo próprio beneficiário ou por procurador cadastrado no INSS. Caso não receba comunicado do banco, nem do INSS, ou não repare nos terminais de autoatendimento sobre recadastramento, o segurado deve se dirigir a uma agência bancária e perguntar quando deve ser feito. Normalmente é na data do aniversário, mas em alguns casos, o governo abre um prazo para que o acerto seja feito, como foi esse ano.
Aposentado desde 2015, Jadir Robson Cabral (62), morador de Irajá, diz que nunca foi chamado para fazer a prova de vida, nem pelo banco, nem pelo INSS. “Quando aposentei recebi o cartão magnético do Bradesco, mas como não podia movimentar o dinheiro, abri uma conta na Caixa e transferi para lá. Em nenhum momento fui informado sobre prova de vida”, diz. “Vou à agência que recebo o pagamento na segunda-feira para não ser pego de surpresa mais adiante”, finaliza.