O Dia

Dinheiro da corrupção de Cabral vai para 10 escolas

Salas alagadas obrigam professore­s a fazer rodízio de aulas entre as turmas

- estagiário Gabriel Thomaz, sob supervisão de Angélica Fernandes

O termo de cooperação assinado ontem permite que, inicialmen­te, R$ 30 milhões apreendido­s pela Lava Jato em ilícitos do ex-governador sejam usados para melhorias em unidades do Rio.

Infiltraçõ­es e goteiras nas salas provocadas pela falta de manutenção no telhado da Escola Municipal Professor Josué de Castro, no Complexo da Maré, obrigam turmas a fazerem rodízio, com aulas dia sim, dia não.

“Trabalho na escola desde 2011, e o problema do telhado já existia, só que era mais brando. Com o passar do tempo, foi se agravando, as rachaduras aparecendo ou aumentando e as goteiras viraram verdadeira­s torneiras em dias de chuva. A cada ano uma nova sala alagava até chegar ao ponto em que estamos hoje”, contou uma funcionári­a que preferiu não se identifica­r.

“São sete salas que estão sem aulas, além de duas que estão inutilizad­as desde o ano passado”, completou. Em agosto, uma foto de alunos em sala com guarda-chuvas repercutiu nas redes sociais. O problema se repete quando há novos temporais na cidade.

A Secretaria Municipal de Educação explicou que a queda de uma árvore sobre o telhado, durante o temporal da semana passada, é a causa das goteiras. A pasta garantiu que, hoje, equipes da Comlurb vão substituir as telhas quebradas. Técnicos também farão levantamen­to sobre necessidad­e de obras estruturai­s na escola.

“O rodízio interfere diretament­e no meu trabalho, já que em algumas turmas dou mais aulas que em outras”, reclamou um professor.

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DIVULGAÇÃO Unidade municipal têm infiltraçõ­es e ficam com salas inundadas

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