Arrastão leva pânico à Av. Marechal Rondon
Histórico de ataques de bandidos na via do Rocha é reclamação antiga. Ontem, tiroteio foi por volta das 6h
Bandidos assaltaram motoristas que passavam pela Avenida Marechal Rondon, no bairro do Rocha, Zona Norte do Rio, no início da manhã de ontem. De acordo com o 3º BPM (Méier), policiais trocaram tiros com os criminosos.
Um Gol prata foi atingido por um dos disparos. Cápsulas de fuzil ficaram espalhadas pelo chão e várias marcas de tiros, nas paredes dos imóveis. Há poucos metros de onde aconteceu o crime fica a Escola Municipal José Veríssimo.
Segundo informações do batalhão, policiais realizavam patrulhamento pela via quando perceberam que bandidos estariam tentando assaltar motoristas. Os bandidos conseguiram fugir. Agentes realizaram um cerco nas imediações para tentar prender os criminosos.
O arrastão já se tornou praticamente rotina na vida de quem passa no local. Moradores contam que quase que diariamente bandidos armados aproveitam o trânsito parado para assaltar os condutores. A diarista Maria Angélica Vieira, 60 anos, ficou aliviada de não estar na rua naquele momento. “Estava me arrumando para o trabalho. Escutei uma rajada de tiros. Foi horrível. Por sorte eu não estava no ponto no horário que tudo aconteceu”, desabafou ela.
Moradores reclamam da falta de policiamento. “De um tempo para cá não tem mais horário para assaltar aqui. No último domingo, às 20h, também teve um assalto na região. Vi tudo de um prédio onde estava”, disse uma enfermeira de 46 anos. Há menos de um mês a mulher disse que escapou de um arrastão na entrada do prédio onde vive. “Eu tinha acabado de deixar o meu filho na aula de natação. Quando chegava na portaria do prédio, vi os bandidos e os motoristas voltando na contramão. Foi desesperador. Assim que pude, entrei correndo no prédio”. lembrou a enfermeira.
Na Avenida Marechal Rodon o músico e compositor Marcelo Yuka foi baleado na noite do dia 9 de novembro de 2000, deixando-o paraplégico. O fato mostra que o problema é antigo na região.
Moradores, trabalhadores e motoristas que passam sempre na via pedem reforço na segurança no bairro. É o caso de um porteiro de 51 anos. “Quero que a melhoria na Segurança fosse rápida”.