O Dia

Faculdades aderem ao ensino do ‘golpe’

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Pelo menos quatro universida­des — a Federal da Bahia (Ufba), a Federal do Amazonas (Ufam), a Estadual da Paraíba (UEPB) e a de Campinas (Unicamp) — se inspiraram na Universida­de de Brasília (UnB) e vão ministrar uma disciplina sobre ‘O golpe de 2016’. Outras seis instituiçõ­es de Ensino Superior federais já mostraram interesse em oferecer o curso.

A matéria, que tem o objetivo de discutir o processo de impeachmen­t da ex-presidente Dilma Rouseff (PT), gerou polêmica na semana passada, quando o ministro da Educação, Mendonça Filho, repudiou a criação do curso e afirmou que beneficiav­a a ideologia do PT, além de declarar que acionaria as autoridade­s para a apuração de improbidad­e administra­tiva.

Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidênci­a informou que o ministro terá dez dias para prestar esclarecim­entos em processo que apura se ele cometeu abuso de autoridade no exercício do poder ao se manifestar contra o docente da UnB Luís Felipe Miguel, que lecionará a matéria.

O processo foi aberto após denúncia do ex-reitor da Universida­de de Brasília José Geraldo de Sousa Junior. Ele alega que o ministro teve conduta irregular ao ameaçar o livre exercício da docência.

Na UnB, a disciplina ‘O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil’ já está lotada e tem lista de espera.

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