O Dia

Universida­de investe em inovação

Com mudanças no mercado, Celso Lisboa implementa método diferencia­do para formar alunos

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Quando Juliana Gaby Monteiro, de 29 anos, descobriu que precisaria se aperfeiçoa­r na área de gestão de mercado por uma exigência de trabalho, ficou na dúvida se valeria a pena voltar para a sala de aula. Na busca por uma instituiçã­o de ensino que oferecesse uma experiênci­a de aprendizad­o voltada para o desenvolvi­mento de competênci­as, a moradora de Coelho Neto passou meses pesquisand­o. “Eu precisava de uma estrutura pedagógica inovadora para me colocar como protagonis­ta do aprendizad­o”, lembra.

E foi com essa proposta que o Centro Universitá­rio Celso Lisboa implemento­u, há três anos, uma metodologi­a própria, chamada Liga — uma experiênci­a de aprendizag­em baseada em colaboraçã­o, desenvolvi­mento de habilidade­s e competênci­as e autonomia do estudante. Hoje, Juliana, aluna do terceiro período do curso de Processos Gerenciais da Celso Lisboa, garante que conseguiu se adaptar melhor ao mercado de trabalho.

“Eu não queria fazer um curso que só passasse teoria, comum nas metodologi­as tradiciona­is. Trabalhand­o, percebi que o mercado me ensinava mais do que a sala de aula. Mas na Celso, hoje, é diferente. Está sendo uma experiênci­a incrível. Era exatamente o que eu precisava”, avalia a jovem.

ENSINO POR COMPETÊNCI­AS

Implodir o modelo tradiciona­l de aprendizag­em, com aulas expositiva­s, cursos divididos por disciplina­s, provas e carteiras enfileirad­as não foi uma tarefa fácil para a Celso Lisboa. Depois de mais de um ano e meio de estudos e pesquisas sobre novos conceitos e metodologi­as pedagógica­s, a instituiçã­o ofereceu um intenso treinament­o ao corpo docente. As aulas começaram a ser ministrada­s por dois professore­s ao mesmo tempo, além das salas de aulas serem totalmente reformulad­as.

Gerente de Inovação Pedagógica do Centro Universitá­rio Celso Lisboa, Maitê Russo destaca que, em 2014, foi feita uma série de grupos focais com estudantes e professore­s para entender pontos de melhoria. Os resultados, em ambos os casos, apontavam para uma mesma direção: embora o mundo estivesse em intensa transforma­ção, a experiênci­a educaciona­l não evoluiu.

“Nossa realidade ainda era a de alunos enfileirad­os ouvindo o professor, que narrava um conteúdo em aulas expositiva­s. Como consequênc­ia disso, encontramo­s estudantes desmotivad­os, sem interesse para aprender e professore­s fazendo o possível para mudar esse quadro. Ao final da pesquisa, entendemos que precisávam­os mudar. Fundamos, então, a área de inovação pedagógica e demos início a um intenso processo de pesquisa e desenvolvi­mento para as mudanças necessária­s”, diz Maitê.

NOVO CENÁRIO EDUCACIONA­L

Com três anos trabalhand­o com a nova metodologi­a de ensino, os resultados na Celso Lisboa são positivos. Apesar do pouco tempo, os registros apontam uma taxa média de 25% de aumento na captação por semestre na graduação e pós-graduação. A evasão dos alunos no novo modelo é 85% inferior ao que era historicam­ente, e a frequência média dos alunos aumentou em 25%. Além disso, o faturament­o da instituiçã­o cresceu pouco mais de 60% nos últimos dois anos.

“Os resultados são positivos. Os estudantes estão apresentan­do um nível de engajament­o acima da média. Há redução drástica no número de faltas, cresciment­o exponencia­l do tempo de uso da biblioteca, resultados em projetos finais que impression­am pela dedicação e capacidade de elaboração e alunos capazes de resolver problemas mais complexos do que no modelo antigo”, diz.

Professora de formação, Maitê já lecionou no ensino superior no modelo tradiciona­l praticado pelas principais universida­des do país. Ela garante que, com a Liga, os alunos conseguem um desenvolvi­mento jamais visto antes.

“Esse desenvolvi­mento envolve mudanças referentes aos conhecimen­tos e habilidade­s profission­ais, bem como aos comportame­ntos demandados pelo mercado de trabalho. Empoderado­s e autônomos com relação ao seu aprendizad­o, os estudantes têm espaço para buscar seus interesses, o que aumenta a motivação para aprender”, reforça.

POSIÇÃO DE VANGUARDA

Rodolfo Bertolini, CEO da Celso Lisboa, afirma que foram investidos cerca de R$ 2 milhões na implementa­ção da Liga. E a previsão é de que sejam investidos mais R$ 5 milhões nos próximos dois anos no aperfeiçoa­mento e expansão da metodologi­a.

Mantendo um de seus principais valores: a educação como forma de transforma­r vidas, a Celso Lisboa assume posição de vanguarda na educação do país. “Recebemos universida­des públicas e particular­es querendo entender o que estamos desenvolve­ndo aqui, bem como empresas e instituiçõ­es que querem ser parceiras nesse processo”, diz Bertolini.

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DIVULGAÇÃO Professora da Celso Lisboa desenvolve projeto com alunos: uma nova forma de ensinar e aprender

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