O Dia

‘Gabriel e a montanha’

- Arnaldo Niskier Da Academia Brasileira de Letras

Levado pela minha esposa, que é prima do Gabriel Buchmann, fui assistir ao filme que focaliza as suas aventuras na África, passando por países como Zâmbia e Malawi, entre outros. Foi uma viagem de quase um ano, com cenas que nada ficam a dever aos melhores filmes dos últimos tempos, inclusive as que se referem ao seu tórrido romance com a jovem Cris.

Numa montanha de Malawi, já quando se encontrava sozinho, Gabriel recusa a companhia de um guia, sobe lépido e fagueiro as encostas íngremes e se perde na volta. Grita por socorro, mas não é ouvido. Fecha os olhos para sempre quando faltavam apenas duas semanas para o retorno ao seio familiar, no Rio, quando pretendia seguir com os seus estudos sobre a pobreza na África.

É incrível a experiênci­a vivida pelo jovem carioca, passeando entre leões, zebras e elefantes, cada um com peculiarid­ades

Era esse o superior objetivo do economista, depois de tantas idas e vindas, confratern­izando com especialis­tas do continente onde se imagina ter nascido o gênero humano, há milhalevar res de anos. É incrível a experiênci­a vivida pelo jovem carioca, passeando entre leões, zebras e elefantes, cada um com suas peculiarid­ades.

O espectador se surpreende quando sabe que, numa determinad­a hora, ficam suspensos os passeios de elefantes, “pois eles precisam descansar”. Respeito à vida animal, como se deve também considerar. Cada país tem sua caracterís­tica alimentar, e os preços dos serviços são sempre muito baixos, se considerad­o o dólar americano.

Gabriel viaja sempre, alternando com camisas da Seleção e do Flamengo, demonstran­do larga preferênci­a pelo clube rubro-negro e, nele, a camisa 10, provavelme­nte em homenagem a Zico, o maior goleador do clube da Gávea.

Pode-se afirmar que se trata de um filme de longa duração (mais de duas horas) que honra os seus produtores, entre os quais especialis­tas franceses.

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