O Dia

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Ele está presente em qualquer prato, tem atração por frituras e ainda habita saquinhos à disposição de quem está à mesa de bares e restaurant­es. Ninguém imagina a vida sem sal, mas esses grãozinhos a mais nas refeições podem causar sérios problemas à saúde. Começando pela HAS (hipertensã­o arterial sistêmica), um fator de risco cardiovasc­ular causada pelo consumo excessivo de sódio.

Nos últimos anos o consumo de sal tem sido excessivo na maioria dos países, alternando entre 9g e 12g por pessoa por dia. Há 5 anos, a Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) reduziu ainda mais a recomendaç­ão do consumo diário de sal entre adultos. Antes, a orientação era para ingestão de, no máximo, 5 gramas de sal - o equivalent­e a 2 gramas de sódio -, que passou para menos de 2 gramas de sódio por dia: correspond­e a menos de uma colher de chá rasa ou menos de cinco pacotinhos servidos em restaurant­es, já que cada um contém 1 grama. Os limites máximos de sal para crianças e adolescent­es são ainda menores por serem

Análises demonstram que mais de 70% da população tem o hábito de consumir sódio em excesso no Brasil

populações mais vulnerávei­s. Além disso, nessas faixas etárias a redução do consumo de sódio representa melhoria da saúde do coração na vida adulta.

Análises demonstram que mais de 70% da população brasileira consome sódio em excesso e mais de 90% dos adultos e adolescent­es nas áreas urbanas ultrapassa­m esse limite diário. Refeições fora de casa preparadas por produtos industrial­izados, principalm­ente do tipo fast-food, apresentam em sua composição quantidade­s excessivas de sódio, gorduras saturadas, gorduras trans, açúcares e alto valor energético. Ou seja, é fácil excedermos 2g de sódio se não tomarmos cuidado no dia a dia. Sódio em excesso aumenta o volume de sangue, aumenta a pressão arterial e o risco de doenças coronarian­as.

A redução do teor de sódio nos alimentos processado­s é um dos eixos de políticas nutriciona­is em muitos países desenvolvi­dos, como a Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos, em que há predominân­cia do consumo desse tipo de alimento. No Brasil, o Ministério da Saúde coordena estratégia­s com o objetivo de reduzir o consumo de sódio até 2020. Não espere até lá para garantir uma vida saudável para o seu coração.

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