O Dia

‘Já não planejo nada, prefiro viver um dia de cada vez’

- MARTA Atacante do Orlando Pride

Como você avalia a preparação na Granja para a Copa América?

- A gente fica feliz por voltar à Granja Comary para este período de treinament­o com a Seleção visando à competição mais importante para a gente. Não adianta pensar em Copa do Mundo e em Olimpíada se a gente não conseguir passar pela Copa América.

Será possível ver a Marta a serviço da Seleção como a Formiga, de 39 anos? Você já pensa em aposentado­ria?

- Eu já não planejo mais nada porque eu prefiro agora viver um dia de cada vez. Tem coisas que não dá mais para fazer, como treinar todos os dias numa intensidad­e muito alta. Agora é cadenciar. A gente ainda sente que dá para jogar e competir em alto nível. A gente vê Formiga no campo correndo e a Cristiane também e isso é uma motivação diária para a gente.

Qual é a diferença que incomoda mais entre o futebol feminino e o masculino?

- Ainda tem lacuna muito grande entre você ser bem remunerada e um atleta do profission­al ser bem remunerado. Na maioria das vezes, até um garoto da base de 14, 15 anos ganha muito melhor que uma atleta que já vem há muitos anos batalhando no profission­al, joga em ligas competitiv­as. Essa é a diferença. Mas futebol feminino é só mais um exemplo. Nas outras profissões, acontece a mesma coisa.

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