O Dia

Barões de 2018

- Jayme Eduardo Consultor financeiro

Estava estudando sobre política e principalm­ente, a brasileira, e deparei com a participaç­ão da nobreza. Com a transferên­cia da corte portuguesa para cá, entre 1808 e 1820, Dom João VI deu início à nobreza brasileira, que foi dividida em vários títulos. Em particular me chamou atenção: os barões.

No segundo reinado, com o advento do ciclo comercial do café, os cafeiculto­res passaram a colecionar tais títulos. “Os Barões do Café”.

Em 1854, um homem recebeu o título de barão, não por ser um cafeiculto­r, até porque ele não era, mas pela sua grande contribuiç­ão na industrial­ização do Brasil.

Estamos falando do Barão de Mauá (Irineu Evangelist­a de Souza). Que deu os primeiros passos para o capi- talismo e que se tornou referência na história, como o primeiro grande industrial e gestor brasileiro.

Será que é esse o perfil que os novos candidatos precisam ter? Será que é isso que o eleitor busca?

Não vamos exigir que os novos candidatos usem roupas do estilo de 1854. Mas vamos, cada vez mais, exigir mudanças

A gestão é o alvo. Bom exemplo disso foi o Carnaval do Rio, que, com parcerias do setor privado, conseguiu mitigar a escassez de recursos e entregou o melhor evento do últimos anos aos cariocas. O presidente da Riotur, Marcelo Alves, criou na crise um modelo de gestão eficiente, um olhar estratégic­o para cidade.

Assim, pelo mundo todo estão sendo eleitos candidatos com esse perfil, como o prefeito João Doria, em São Paulo, e os presidente­s Donald Trump, nos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, na França.

Como uma nova solução para a política brasileira, precisamos ter barões em 2018. Barão de Mauá, além de várias qualidades empresaria­is, era um internacio­nalista: mantinha relações com cinco países (Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e Estados Unidos). Foi um personagem da nossa história muitas vezes questionad­o e incompreen­dido, mas um homem que mudou o Brasil para melhor.

Não vamos exigir que os novos candidatos usem roupas do estilo de 1854. Mas vamos, cada vez mais, exigir mudanças. Mudanças que façam os eleitores se lembrar em quem votaram e entenderem o valor do voto, pois os eleitos vão representa­r, verdadeira­mente, o eleitor, porque é necessário!

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil