O Dia

‘Há uma proteção’, diz especialis­ta

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> Ao rebater as críticas de falta de isenção na Lava Jato, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula afirmou que “é natural que o PT seja o partido mais atingido pelas investigaç­ões, já que ficou mais de dez anos no poder.”

O especialis­ta Marcio Malta rebate o argumento. “A Justiça não tem o mesmo vigor e clamor midiático em relação aos partidos, assim como a rapidez em tratar os casos. A PF algemar alguns políticos e outros não, por exemplo”, critica.

Já Mohallem ressalta o caso de Aécio. “Há uma proteção do Estado aos políticos, isso dificultou a prisão do senador, que tem foro privilegia­do. Mas nesse processo a investigaç­ão chegou ao STF, e o Senado protegeu o colega da Casa.”

Questionad­o sobre a motivação desse possível favorecime­nto do PSDB, Malta é incisivo. “A Lava Jato tem claramente uma fundamenta­ção política. No decorrer das investigaç­ões, outros partidos acabaram sendo arrolados. Porém, há um ódio por parte dos setores da elite que age como um bloco para impedir qualquer transforma­ção social no Brasil, como fez o PT.”

O cientista da FGV tem opinião mais branda. “É impossível o Ministério Público e a justiça darem conta de todos as investigaç­ões simultanea­mente. Então escolhas têm que ser feitas, mas é difícil entender qual é o critério. Já que o partido da oposição teve seus casos acelerados, seria o momento de outros processos andarem com mais seletivida­de”, sugere Mohallem.

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