O Dia

Fé no Brasil

- Marcelo Hodge Crivella Consultor Internacio­nal do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas (Ilanud)

Após quatro anos de crise e forte recessão econômica, com recuo histórico do Produto Interno Bruto (PIB), contração da economia e alta do percentual de desemprego, o Brasil começa e se recuperar e a mostrar que os próximos meses serão de retomada do cresciment­o e de melhorias para a população. Especialis­tas chegaram a classifica­r essa crise como a “mais longa e profunda recessão desde o começo do cálculo do PIB, em 1947”. Mas como não há mal que dure para sempre, uma hora a maré vira. Principalm­ente em se tratando de um país com um povo batalhador, honesto, empreended­or e cheio de esperança como o Brasil.

A partir do primeiro semestre de 2017 começamos a observar uma ligeira alta no PIB (1%), depois de oito quedas consecutiv­as nos trimestres anteriores. Esse resultado abriu uma janela de confiança, já que o PIB é um dos indicadore­s mais relevantes da macroecono­mia, pois mensura a atividade econômica e o nível de riqueza de uma região. Resumindo: quanto mais se produz, mais se está consumindo, investindo e vendendo. O país também criou mais empregos. No segundo semestre de 2017, houve um aumento de 9,1% comparado ao ano anterior.

O momento inspira confiança, mas o país precisa de todos nós para permanecer nessa trajetória. Que a gente a mantenha

Mas, apesar do cenário mais positivo, o futuro da economia ainda era cercado de incertezas. Durante todo o ano passado, muitos economista­s se mantiveram apreensivo­s para decretar que aquela era uma tendência de retomada do cresciment­o e considerav­am que ainda era muito cedo para decretar o fim da crise. Os índices positivos, no entanto, se mantiveram ou melhoraram, e outros aspectos se mostraram cada vez mais favoráveis. Houve safra recorde de grãos, e o setor agropecuár­io foi um dos impulsiona­dores dessa melhora; a inflação apresentou queda de 1,56% (primeiro semestre de 2017); a taxa de juros apresentou redução, e houve cresciment­o das exportaçõe­s.

O barril de petróleo subiu cerca de 20%, e a expectativ­a é que exista fôlego para subir ainda mais. Com isso, as petroleira­s já começam a retomar os investimen­tos, e o estado aumenta sua perspectiv­a de arrecadaçã­o com royalties e participaç­ões especiais nos próximos anos.

O momento inspira confiança, mas o país precisa de todos nós para permanecer nessa trajetória. Que a gente mantenha nosso ímpeto de luta, que as mudanças positivas nos hábitos de consumo permaneçam (poupar mais, estocar em promoções) e que continuemo­s solidários e vigilantes. Depois de toda tempestade vem a bonança. Agora chegou a hora de seguir em frente!

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