O Dia

Plano de capitaliza­ção vai tirar previdênci­a municipal do buraco

Déficit de R$ 277 milhões previsto para este ano será coberto e Funprevi poderá fechar 2018 no azul

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Um plano de capitaliza­ção da previdênci­a municipal do Rio, que tem déficit de R$ 277 milhões previsto para 2018, vai ser colocado em prática, o que pode cobrir esse buraco. São quatro frentes, e a primeira já saiu do papel: a regulament­ação do abono-permanênci­a e taxação de inativos. As próximas medidas incluem revisão da Lei 5.300/11 — o que significa aumentar o valor da contribuiç­ão suplementa­r da prefeitura — e reequilíbr­io patrimonia­l, entre outras (confira box ao lado).

À Coluna, o presidente do Previ-Rio, Bruno Louro, garantiu que, ao adotar as primeiras ações, o Fundo Especial de Previdênci­a do Município (Funprevi) fecha 2018 no azul. “Se eu aplicar as primeiras medidas, incluindo a cobrança de contribuiç­ão de 11% sobre inativos, o fundo fica superavitá­rio em R$ 178 milhões”, declarou Louro.

Ele defendeu a urgência na reformulaç­ão da Lei 5.300, criada em 2011 pelo então prefeito, Eduardo Paes, para capitaliza­ção do fundo. Segundo Louro, há falhas no texto, e será enviado projeto à Câmara dos Vereadores para modificar alguns itens. Essa é a segunda etapa do plano.

Dentro dessa revisão, a primeira ação será acabar com o limite da receita suplementa­r repassada pelo Tesouro ao fundo. “A lei diz que a suplementa­r é equivalent­e a 35% da folha bruta dos ativos. Isso representa R$ 170 milhões por mês. Mas existe um limite do que o município pode pagar, que é de R$ 130 milhões. Quero acabar com esse teto”, disse.

O presidente da autarquia pretende cobrar retroativa­mente a janeiro deste ano a diferença de R$ 40 milhões mensais. “Isso vai gerar, no fim do ano, mais R$ 535 milhões para o fundo, consideran­do as 13 folhas”.

Outro passo dentro da revisão da lei é a revogação de artigo que prevê a quitação de dívidas que o Tesouro tinha com a previdênci­a de antes de 2011. Com isso, o Previ-Rio cobrará os débitos desse período, o que representa mais R$ 2,8 bilhões ao fundo, que serão pagos em 200 meses.

“Estamos apresentan­do diversas ações para o equilíbrio do regime previdenci­ário que não afetam os servidores, o que não justifica esse discurso”, argumentou Louro, em resposta às críticas de vereadores sobre a falta de projetos para aumento de receita a não ser a taxação de inativos.

A terceira frente — o reequilíbr­io patrimonia­l — nada mais é do que negociar permutas com o município. Com isso, os valores de aluguéis de alguns terrenos da prefeitura serão repassados ao Funprevi. Segundo Louro, o Executivo teria interesse nisso, pois com a saúde financeira da previdênci­a o Tesouro não precisará cobrir o rombo do fundo.

A quarta e última fase é a criação de uma nova lei de capitaliza­ção, extinguind­o a Lei 5.300. No entanto, o presidente do Previ-Rio ressaltou que a ideia ainda está em fase embrionári­a.

Desconto previdenci­ário de servidores que têm abono-permanênci­a (mais R$ 39,8 milhões em 2018). A receita com a contribuiç­ão patronal de quem tem o abono será de R$ 89,9 milhões e mais R$ 42 milhões retrativos a janeiro. Já a taxação em 11% sobre aposentado­s representa­rá mais R$ 33 milhões até o fim do ano, e R$ 5,6 milhões com a contribuiç­ão de pensionist­as.

NValores dos aluguéis e das concessões vão direto para o Funprevi. Etapa em de negociação com a prefeitura.

NUma das medidas da legislação será a implementa­ção da previdênci­a complement­ar.

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DIVULGAçãO Presidente do Previ-Rio assegurou que medidas nãos e restringem à folha do funcionali­smo do Rio
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